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Estado de Minas

Ataques entre candidatos acirram campanha a duas semanas das eleições

Alianças partidárias e declarações polêmicas esquentam a briga entre João Leite e Alexandre Kalil pelo comando da capital mineira a duas semanas do segundo turno


postado em 16/10/2016 06:00 / atualizado em 16/10/2016 07:43

(foto: Jair Amaral / EM / D.A. Press / Amira Hissa/Divulgação)
(foto: Jair Amaral / EM / D.A. Press / Amira Hissa/Divulgação)
Faltando duas semanas para o segundo turno da eleição, esquenta a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte com acusações no horário eleitoral gratuito e também nas redes sociais. De acordo com a última pesquisa eleitoral, divulgada antes do início, anteontem, da campanha no rádio e na televisão, a disputa na capital está embolada. Pelos números, o candidato do PSDB, deputado estadual João Leite (PSDB), tem 55% das intenções de voto e o empresário e ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil (PHS) 45%, segundo a última pesquisa do Datafolha.

Em seu horário na televisão, Kalil reproduziu uma inserção da campanha de 2008 que elegeu Márcio Lacerda (PSB), na qual aparecem o então governador e hoje senador Aécio Neves (PSDB) e o então prefeito de BH e hoje governador Fernando Pimentel (PT) pedindo votos para o socialista. As imagens foram usadas para acusar  João Leite de ser ligado a caciques da política mineira e de fazer todo tipo de alianças para garantir sua eleição. “Olha o que eles fizeram conosco em 2008. Não vamos cair mais nisso”, afirma Kalil, se referindo à aliança que elegeu Lacerda e que contou com o apoio do PT e do PSDB.

Kalil, por outro lado, está sendo alvo de diversos vídeos publicados nas redes sociais. Nesses vídeos, são reproduzidas entrevistas de Kalil quando ele presidia o Galo com declarações machistas a respeito das mulheres e também um áudio em que ele diz que se fosse árbitro de futebol roubaria para ajudar seu time. “Se me botar de juiz de futebol, vou roubar para o Atlético” é um dos trechos de uma fala de Kalil reproduzida em um dos vídeos contra ele, no qual aparece escrito “se roubaria para um time, o que faria na Prefeitura de Belo Horizonte?”. Em outras postagens, feitas na página intitulada “Voz das Ruas”, aparecem imagens do candidato do PHS ao lado de Lacerda e Aécio e a pergunta: “Você acredita que Kalil não é político?”. Ela rebate um dos motes da campanha de Kalil que é “chega de político”.


Durante visita ao campo do Pitangui, time de futebol amador do Bairro Lagoinha, Noroeste da capital, João Leite comentou as acusações de Kalil nas inserções. “Na verdade, ele é quem está trabalhando com uma coisa que é a velha política. Neste momento, o vice dele foi líder do Pimentel, porque ele era do PT, mas não quero entrar nessa discussão”, disse João Leite se referindo ao candidato a vice de Kalil, deputado estadual Paulo Lamac (Rede), que até o ano passado era filiado ao PT. O candidato do PSDB tem sempre ligado Kalil ao PT em função do passado partidário de Lamac.

Kalil também rebateu essa acusação. “Eu nunca fui petista, petista só o João Leite que acha. Eles é que abraçam até o demônio para ir para o poder. Eu não abraço não”, disse o candidato, que percorreu ontem de manhã o centro comercial do Bairro Pindorama, na Região Noroeste. Segundo ele, a intenção das inserções é mostrar ao eleitor Aécio e Pimentel “abraçados, ungindo Márcio Lacerda”, cujo candidato nestas eleições, seu vice-prefeito Délio Malheiros (PSD), ficou em quarto lugar no primeiro turno das eleições. Sobre as outras acusações feitas pelo adversário, o candidato não quis comentar.


PROMESSAS
Ontem os dois candidatos passaram a manhã pedindo votos. João Leite se reuniu com representantes do futebol amador para conversar sobre as dificuldades que a categoria enfrenta e garantiu que vai apoiar o esporte amador. “Como prefeito, farei uma verdadeira revolução no futebol amador de Belo Horizonte. Deixo aqui o meu compromisso, principalmente com os clubes que investirem nas crianças”, disse o candidato, que prometeu criar vilas olímpicas e construir e melhorar estruturas esportivas e investir em acompanhamento técnico para crianças e jovens de vilas, favelas e aglomerados. Depois, ele visitou a feira coberta do Bairro Padre Eustáquio e o centro comercial do Bairro Alípio de Melo, ambos na Região Noroeste, onde conversou com moradores e feirantes sobre as necessidades locais e sugestões para melhorar a região.

Já Kalil andou pelas ruas do centro comercial do Bairro Pindorama, depois visitou uma obra interrompida no Conjunto São Salvador, percorreu o comércio da Avenida Abílio Machado e se encontrou com representantes de ocupações na capital. O candidato prometeu impedir novas ocupações, mas garantiu que vai apoiar as que já existem. “A minha proposta é estancar as ocupações. Agora, não vamos sujar nossa mão de sangue. O que está aí vai ficar. Não vamos ceder isso para as grandes construtoras e especulações imobiliárias, porque estou muito velho, estou com 57 anos, para sujar minha mão de sangue de gente pobre. O que está aí vamos tomar conta e tentar negociar para evitar outras ocupações”, assegurou.


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