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Moreira Franco se recusa a comentar denúncia de recebimento de propinaPF resgata mensagem de 2012 de delator da Lava Jato com citações a Geddel VieiraEmpresa suspeita de elo com Jucá obteve R$ 30 milhõesTemer defende programas de saúde coletivos como forma de aproximar BricsNos últimos dias, duas novas denúncias atingiram ministros de seu governo. Em sua recente edição, a revista Veja afirmou que o secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Moreira Franco, teria recebido R$ 3 milhões em propina para cancelar uma obra. A delação foi feita pelo executivo Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, que em depoimento disse à Procuradoria-Geral da República (PGR) ter pago o valor em 2014, quando o ministro era secretário de Aviação Civil no governo de Dilma Rousseff.
Questionado pela reportagem sobre as denúncias na manhã desta terça-feira, horário local, Moreira Franco reagiu irritado e se recusou a comentar.
Além dele, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB), é citado em depoimento da matemática Tania Maria Silva Fontenelle, ligada à construtora Carioca Engenharia. Ela afirmou ter comprado gado superfaturado da empresa Agrobilara Comércio e Participações Ltda, de forma a ampliar a movimentação de dinheiro em espécie, que teria como finalidade o caixa 2. A empresa tem como controladores membros da família Picciani, incluindo o ministro do Esporte; Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, e Rafael Picciani, deputado estadual e secretário municipal no Rio.
As informações fazem parte de um acordo de leniência assinado no escopo da Operação Lava Jato.
Temer não citou o nome de seus ministros envolvidos em denúncias, mas respondeu a uma pergunta sobre se escândalos que atingem nomes como o de Geddel, Moreira Franco e Romero Jucá não prejudicam os projetos do governo no Congresso. O presidente disse que não.
A seguir, o presidente ponderou as denúncias, minimizando-as. "O envolvimento dos nomes se deu, convenhamos, por enquanto, por uma simples alegação, uma afirmação. É preciso que essas coisas se consolidem. Se um dia se consolidarem, muito bem, o governo verá o que fazer", disse, completando a seguir: "Se a cada momento que alguém mencionar o nome de alguém (na Lava-Jato) e isso passar a dificultar a ação do governo, fica difícil".
Nessa quarta-feira, 19, ele se reúne com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e com o imperador Akihito..