O candidato à Prefeitura de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PHS) afirmou nessa terça-feira que sabe negociar e pretende afastar a imagem que governar baseado na política de enfrentamento. “Eu quero despregar de mim um pouco esse negócio de que vai peitar. Eu vou fazer porque sei fazer, sei chamar para a mesa, já fiz. Sei também organizar, sei fechar a torneira e sei o que é hierarquia”, disse. Na entrevista exclusiva ao PortaL Uai e jornal Estado de Minas, Kalil ainda se posicionou favorável a criminalização da homofobia e tratou o Orçamento Participativo, como a execução das obras atrasadas, como prioridade. A entrevista foi o segundo assunto mais comentado no Trending Topics do Twiter em BH.
No dia 04 deste mês o entrevistado foi o tucano João Leite. Na entrevista, entre outras coisas, ele rechaçou a pecha de ser defensor de criminosos, em referência à atuação na Comissão de Direitos Humanos.
O ex-presidente do Atlético rechaçou a ideia de que fará a política de “peitar” setores da sociedade para conseguir implantar as propostas que pretende para a cidade. Ao comentar sobre como vai ser sua relação com as empresas de ônibus que atuam na cidade, o candidato disse que vai implantar as diretrizes, mas que vai chamar os empresários para conversar.
Ainda sobre o assunto , ele afirmou que pretende que a frota do transporte de BH seja trocada a cada quatro anos e além de ser ampliada, principalmente no horário de pico. “Nós vamos chamar as empresas informá-las: Belo Horizonte agora tem prefeito, BH agora tem secretaria de transporte , qie é a BHTrans, e que não pertence mais a eles. Nós não vamos peitar ninguém, nós vamos voltar a Belo Horizonte o que sempre foi da cidade”, comentou.
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O candidato emendou dizendo que as obras do Orçamento Participativo devem ser priorizadas para antes definir novos investimentos. Segundo ele, várias obras que foram escolhidas pela população não foram realizadas e isso será a prioridade, antes de partir para novos investimentos. Ele enumerou que cerca de 14 obras podem ser concluídas nos seis primeiros de governo dele, caso seja eleito.
Perguntando sobre a situação da BHTrans, Kalil afirmou que pretende valorizar os técnicos que atual na empresa e que ela passará a ser o principal órgão da prefeitura para cuidar do trânsito na capital. “Eu vou tomar a BHTrans dos empresários, porque eles mandam lá dentro, e devolver a BHTrans ao povo de Belo Horizonte.
Criminalização da homofobia
Perguntado sobre a possível proposta de implantar banheiros únicos para crianças, Kalil disse que não era verdade e que a informação não passava de 'mentira plantada”. Apesar disso, o candidato disse que não é favorável a medida.
Especificamente sobre políticas para a comunidade LGBT, Kalil disse que é necessário que haja tolerância entre as pessoas e se posicionou favorável, inclusive, a criminalização da homofobia. “Vamos viver em paz. Vamos parar de dividir o país, a divisão do país nos levou a isso. Deixa quem é LGBT pra lá, deixa quem não é para cá. Vamos para festa junto, vamos beber cerveja, vamos falar de futebol, porque todos falam de todos os assuntos”, afirmou.
Críticas a João Leite
Kalil não deixou de fazer críticas ao adversário na disputa pela PBH, João Leite (PSDB). Para ele, o tucano não tem experiência administrativa e, por isso, não pode fazer julgá-lo ao comentar sobre a experiência dele como presidente do Atlético. “Qualquer pessoa que tiver administrado uma lanchonete que faz vitamina de morango já fez mais que o João Leite, porque ele nunca administrou nada”, afirmou.
Sobre educação, Kalil disse que os professores devem ser valorizados e disse que está recebendo representantes da categoria para ver as demandas.
Sobre segurança pública, Kalil dise que, apesar de não ser uma atribuição do municipal, vai adotar medidas como o aumento no efetivo da guarda municipal, melhoria na iluminação, além do aumento da fiscalização dos espaços públicos. “BH tem que parar de defender bandido e começar a defender mocinho”, disse.
Saúde
Sobre saúde ele ainda afirmou que faltam medicamentos nas unidades de saúde e criticou a demora na marcação das cirurgias eletivas. Ele afirmou que pretende contratar mais médicos e não vai terceirizar o atendimento através de clínicas.
Uber x Taxi
A polêmica entre Uber e Taxi, Kalil disse que os taxistas são as principais vítimas da chegada da Uber. Ele fez defesa dos taxistas afirmando que a categoria paga muitos impostos e,, por isso, merece atenção. Mas afirmou que caberá a Justiça no âmbito federal bater o martelo sobre a questão.
Relação com Pimentel e Temer
Sobre sua relação com o governo do estado e com federal, Kalil disse que tudo ocorrerá de forma “amistosa”. “Eu não carrego a pecha de golpista, nem de tchau querida, não tem nada disso.