(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Clima quente na reta final

João Leite afirma que Kalil quebrou a empresa da família ao rebater críticas do adversário, que, em entrevista ao EM, acusa tucano de ter 'menos experiência que dono de lanchonete'


postado em 20/10/2016 06:00 / atualizado em 20/10/2016 07:27


A 10 dias do segundo turno da eleição, esquentou de vez o clima entre os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte, João Leite (PSDB) e Alexandre Kalil (PHS). Após Kalil afirmar, em entrevista ao Estado de Minas, que João Leite tem menos experiência do que qualquer dono de lanchonete, o tucano destacou as dívidas do ex-cartola do Atlético com a prefeitura e com seus ex-funcionários e disse que o adversário “conseguiu quebrar a empresa da família”. Em campanha no Centro da capital, Kalil afirmou que João Leite tem “currículo fraco para quem foi parlamentar por 30 anos” e citou “desespero na campanha do PSDB”.

Em entrevista ao EM, o ex-presidente do Galo disse que “qualquer dono de lanchonete” tem mais experiência que o tucano em gestão. João Leite contra-atacou e disse que nunca seria gestor de uma lanchonete porque escolheu dedicar sua vida às pessoas. “Meu campo é a gestão pública e todas as vezes que geri a coisa pública foi com muita competência, os números estão aí”, afirmou. O candidato do PSDB disse ainda que nunca quis ser um competidor de pessoas e que “gestão pública não é ser empreiteiro”.

“No campo dele, que não é o meu, ele conseguiu quebrar a empresa da família dele, conseguiu quebrar uma empresa de muitos anos”, afirmou João Leite. Disse ainda que, como servidor público, quer fazer uma crítica ao adversário. “Alguém que recolhe dinheiro para a aposentadoria de um trabalhador e enfia no bolso não merece respeito.”

Segundo o tucano, esse é o fato mais grave sobre Kalil. “Chega, fora todos os empreiteiros, chega disso aí de gente que quebrou a Previdência brasileira. Hoje temos um drama na aposentadoria do trabalhador e da trabalhadora por pessoas como esse candidato que cobrou o dinheiro da aposentadoria do trabalhador e enfiou no seu bolso”, afirmou.

Questionado sobre uma propaganda do rival que diz que o PSDB comandou as pastas da Saúde, Transporte e Segurança na PBH e não fez nada, João Leite rebateu: “Nesses últimos anos ele também não fez nada”. O candidato do PSDB, que é deputado estadual, disse ainda ter orgulho do seu trabalho na Assembleia Legislativa.

João Leite se reuniu com ambientalistas e urbanistas no Parque Municipal e prometeu incorporar em uma eventual administração propostas feitas por eles. Entre as medidas, o candidato disse que pretende ampliar a medição do ar em BH para 100% e preservar os espaços ambientais que existem no interior da cidade.

“CURRÍCULO FRACO”
Em campanha na Galeria do Ouvidor, na Região Central de BH, o candidato Alexandre Kalil conversou com lojistas e criticou a trajetória de João Leite como parlamentar. “Ele tem um currículo muito fraco para falar sobre experiência em gestão pública. Não tem experiência nenhuma. Foi secretário mandado por prefeitos, inclusive do PT. Foi jogador de futebol e deputado. João Leite não tem currículo para desqualificar ninguém. Nesses 30 anos de política, o currículo dele é muito fraco”, afirmou Kalil.

O ex-presidente do Atlético afirmou que aguarda oportunidade dos quatro debates programados para os próximos dias para poder falar “frente a frente” com João Leite sobre suas trajetórias e propostas. “Ele terá a oportunidade de falar essas coisas olhando nos meus olhos, vamos ter quatro chances de conversar sobre isso frente a frente”, disse.

Sobre as propostas para a Região Central da capital mineira, Kalil prometeu cuidar melhor da limpeza e da iluminação das ruas, além de aumentar o policiamento. “Os comerciantes e transeuntes querem um hipercentro mais limpo, mais iluminado. E essa região é uma das zonas quentes da violência, precisamos aumentar a prevenção. Com policiamento e rondas intensas, principalmente no horário de pico”, afirmou o ex-cartola.

Kalil afirmou que, caso eleito, pretende negociar opções para os camelôs que voltaram a ocupar calçadas nas ruas do Centro, e citou a criação dos shoppings populares como exemplo de ação bem-sucedida. “Temos que ter um olhar humano. Sem prejudicar os lojistas. A prefeitura tem áreas vazias, lugares em que as pessoas podem trabalhar com segurança. Isso já deu certo em BH. Temos hoje 170 mil desempregados em BH, não dá para jogar as pessoas nas ruas”, disse.

O candidato do PHS não quis comentar a prisão de um grupo de pessoas, na madrugada de ontem, que colava material apócrifo, sem origem comprovada, contra sua candidatura, no Centro. Cinco pessoas colavam adesivos em postes e no chão com os dizeres: “Votar no Kalil é votar no PT”. Um carro usado pelo grupo tinha adesivos da campanha de João Leite, mas eles negaram serem filiados ao PSDB e afirmaram que fizeram a ação por conta própria. O grupo foi encaminhado para a sede da Polícia Federal e o material foi apreendido.

“Eles (PSDB) falam em experiência e fazem esse tipo de coisa. Um ato desesperado de quem sabe que está perdendo a eleição. Não vou descer a esse nível. Campanha que vai parar na Polícia Federal não merece comentários”, afirmou Kalil.

Inserções suspensas

O presidente da Comissão de Propaganda Eleitoral de Belo Horizonte, juiz Bruno Terra Dias, determinou a suspensão de inserções na TV da coligação “Juntos por BH”, do candidato João Leite (PSDB). A decisão liminar se baseou no fato de não estarem claras e legíveis as indicações dos nomes dos candidatos a prefeito e vice, o partido, a coligação e a indicação de “Propaganda eleitoral gratuita”. O juiz atendeu representações apresentadas à Justiça Eleitoral pela coligação “Pra BH funcionar”, do candidato Alexandre Kalil (PHS). Terra Dias determinou à coligação “Juntos por BH” que seja feita a comunicação às emissoras de televisão para suspenderem a veiculação das inserções até a devida regularização do material. O juiz negou, no entanto, pedido de direito de resposta feito por Kalil, que alegou que o adversário usou parte de suas inserções para confundir o eleitor e ofender a dignidade do candidato do PHS. O magistrado não encontrou indícios suficientes para deferir o direito de resposta.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)