A eleição do relator aconteceu quando a Câmara estava esvaziada, após o anúncio da prisão do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Várias comissões foram suspensas, mas 20 deputados marcaram presença na reunião do colegiado.
Instalada no último dia 5, a comissão vai analisar pelo menos cinco projetos que tratam do assunto. O principal é o Projeto de Lei 867, de autoria do deputado Izalci (PSDB-DF), que proíbe professores de propagarem ideias políticas ou religiosas em sala de aula. Há ainda a proposta do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), que prevê detenção para docentes quem tentarem doutrinar os alunos.
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As propostas são polêmicas e têm causado reação entre educadores e deputados. "Isso é muito perigoso. É um projeto inconstitucional, pela quebra da natureza laica do Estado", disse a deputada Alice Portugal (PC do B-BA) após a sessão.
Perfil
Marcos Rogério, que vai presidir o colegiado, é conhecido por levantar bandeiras conservadoras, como o projeto que tipifica como crime contra a vida o anúncio de meio abortivo. O relator Flavinho apoiou uma proposta para revogar a permissão do uso do nome social de travestis e transexuais em órgãos da administração pública.