São Paulo, 21 - A família do radialista Francisco Oliveira da Silva afirmou nesta sexta-feira, 21, em nota oficial, que se ocorreu o empréstimo de R$ 250 mil, em 2008, à mulher do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) "foi dentro das normas legais". Para a Operação Lava-Jato, o empréstimofeito apela Igreja Evangélica Cristo em Casa, de propriedade do radialista, à Cláudia Cruz, é na verdade uma forma de lavar dinheiro.
"Com a saúde frágil há mais de seis anos, o sr. Francisco está impossibilitado de se manifestar publicamente sobre o episódio, mas nós, seus familiares, estamos prontos para esclarecer todos os fatos e, se a doação descrita pelas reportagens realmente ocorreu, foi, com certeza, realizada dentro de normas legais e sem nenhum item jurídico que a desaprovasse", diz a nota. Conhecido como Oliveira Francisco da Silva, o radialista é ex-deputado federal pelo Rio e aliado de Eduardo Cunha.
A família do radialista declarou na nota que "não procede a informação de que haveria sido feita alguma doação a sra. Cláudia Cruz por meio de uma igreja em nome do sr. Francisco".
"A igreja mencionada nas reportagens realmente existiu, mas apenas como razão social sem jamais ter erguido templos ou instituições físicas em seu nome. Fato este que a impediria de realizar ou receber qualquer tipo de doação, fundamentalmente financeira", aponta a família.
"A família irá buscar todas as informações necessárias em consonância com a legalidade jurídica pertinaz para que não pairem dúvidas quanto à idoneidade do sr. Francisco Silva, construída ao longo de anos com uma relação transparente e fraternal com o seu público. O sr. Francisco Silva é radialista, evangélico, porém jamais líder religioso e tampouco mantenedor de templos sob o seu comando."
A ÍNTEGRA DA NOTA DA FAMÍLIA DO RADIALISTA
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Sobre informação do Ministério Público Federal de que o sr. Francisco Oliveira da Silva haveria feito uma doação, por meio de uma suposta igreja, para a sra. Cláudia Cruz, a família do sr. Francisco esclarece:
1) Não procede a informação de que haveria sido feita alguma doação a sra. Cláudia Cruz por meio de uma igreja em nome do sr. Francisco. A igreja mencionada nas reportagens realmente existiu, mas apenas como razão social sem jamais ter erguido templos ou instituições físicas em seu nome. Fato este que a impediria de realizar ou receber qualquer tipo de doação, fundamentalmente financeira;
2) quanto à suposta doação feita a sra. Cláudia Cruz, a família do sr. Francisco Silva está, com apoio de seu corpo jurídico, rastreando as informações fiscais pertinentes para esclarecer a opinião pública. O fato descrito pela imprensa remonta de 2008, ou seja, oito anos atrás. Sendo assim, a família irá buscar todas as informações necessárias em consonância com a legalidade jurídica pertinaz para que não pairem dúvidas quanto à idoneidade do sr. Francisco Silva, construída ao longo de anos com uma relação transparente e fraternal com o seu público. O sr. Francisco Silva é radialista, evangélico, porém jamais líder religioso e tampouco mantenedor de templos sob o seu comando;
3) com a saúde frágil há mais de seis anos, o sr. Francisco está impossibilitado de se manifestar publicamente sobre o episódio, mas nós, seus familiares, estamos prontos para esclarecer todos os fatos e, se a doação descrita pelas reportagens realmente ocorreu, foi, com certeza, realizada dentro de normas legais e sem nenhum item jurídico que a desaprovasse.
Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2016.