O clima foi tenso entre os candidatos Alexandre Kalil (PHS) e João Leite (PSDB) que participaram do debate na noite desta sexta-feira realizado pela RedeTV. Questões como a participação do partido de Leite na Secretaria de Saúde da Prefeitura de Belo Horizonte e a dívida de IPTU de Kalil esquentaram o programa. No final do primeiro bloco, a sensação de quem via o debate era de que os dois candidatos iam terminar indo às vias de fato.
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Depois de passar João Leite na pesquisa, Kalil diz que não vai fazer oba obaJoão Leite e Kalil entram na reta final da campanha em ritmo de contra-ataqueIbope mostra Kalil com 54% e João Leite com 46% dos votos válidosMaterial apócrifo contra Kalil é distribuído em jogo do Cruzeiro no MineirãoKalil e João Leite mantêm acusações e ataques no último debateTroca de ofensas entre candidatos à prefeitura de BH pode acabar nos tribunaisKalil respondeu acusando João Leite de ter usado a Secretária de Saúde como “cabide de emprego”, já que a filha dele e um sobrinho foram empregados na pasta. "A saúde está ruim porque você fez da secretaria um cabide de emprego", atacou.
Ainda no primeiro bloco, os candidatos trocaram farpas, sempre com os ataques girando em torno desses assuntos. Kalil disse que Leite procurou a ele e uma de suas empresas para “pedir dinheiro”. Já Leite classificou Kalil como “empreiteiro” e que o dinheiro que não foi pago à PBH, poderia ter sido usado para melhorar os serviços.
O candidato do PHS ainda acusou o tucano de ter o nome incluído na lista de recebedores de propina em Furnas, a chamada “lista de Furnas”. Por essa acusação, Leite teve direito de resposta. Ele afirmou que a lista é falsa e que acionará o adversário na Justiça pelas acusações.
No segundo bloco, o clima entre os candidatos foi mais tranquilo, já que não respondiam perguntas feitas diretamente entre eles. Os candidatos comentaram sobre transporte público, como metrô e ampliação do Move, além da renovação da frota. Questões sobre apoio político e até o impeachment da presidente Dilma Rousseff foram motivos de comentário dos candidatos.
Perguntado sobre a participação de seu partido no eventual governo- já que o presidente da legenda, deputado federal Marcelo Aro é intimamente ligado a Eduardo Cunha -, Kalil disse que sequer conhece a sede da legenda. O candidato ainda afirmou que não tem relação com Aro e que defende a prisão de Cunha.
Sobre transporte, Leite disse que vai exigir que a sede da CBTU, que atualmente é no Rio de Janeiro (RJ), seja na capital e ainda pretende reduzir o valor das passagens do transporte.
No terceiro bloco, os candidatos responderam questões dos eleitores. Kalil começou dizendo que pretende dar protagonismo aos técnicos da BHTrans para que eles pensem novas formas de dar mais vasão ao trânsito da cidade.
João Leite respondeu sobre campos de futebol. O tucano disse que veio de origem simples e sabe da importância de ter locais para praticar esportes, principalmente nas periferias.
O canidato do PHS voltou a tratar de IPTU, afirmando que 'não pretende falar mais sobre o assunto'. De acordo com Kalil, ele resolverá a dificuldade de caixa da prefeitura com redução de cargos e tirando os “cabides de emprego”.
João Leite afirmou que criará uma agência para possibilitar que as empresas que se interessam em vir para BH sejam incentivadas. Em indireta ao adversário, o tucano disse que fará com que “os caloteiros peguem o que devem” para melhorar a situação dos cofres públicos.
Sobre segurança, Kalil disse que melhorará a iluminação da cidade e vai unir os trabalhos das polícias. “Precisamos unir a guarda municipal, a Polícia Militar e a Civil para melhorar a segurança na cidade”.
O tucano disse que pretende criar uma rede para propiciar atendimento e marcação de consultas “imediatos”.
No quarto bloco o tucano e o candidato do PHS responderam as perguntas dos internautas. O primeiro a falar foi João Leite que disse que a capital tem vocação para o turismo e a modalidade de negócio. Ele ainda disse que pretende ampliar os circuitos com vocação ao entretenimento, além de melhorar a capacidade da capital de ser competitiva.
Kalil disse que a Lagoa da Pampulha deve ter novo jeito para ser resolvido. Ele afirmou que a capacitação do esgoto deve ser melhorada para evitar que caia direto no espelho d' água. “Não é possível que uma lagoa superficial seja tão difícil de resolver”, afirmou.
João Leite disse que a população em situação de rua deve ter atendimento especial e citou programas feitos por ele, como o que propiciava tratamento com psicólogos aos moradores.
Nas considerações finais, Kalil afirmou que pretende comandar a cidade “com humanidade” e pretende governar para os belo-horizontinos sem interferências partidárias. “Sou um homem comum, do bem e que nunca fiz mal a ninguém”, disse.
Já João Leite disse que sua carreira foi “defendendo as pessoas mais perseguidas e as mais massacradas”. O tucano voltou a fazer críticas ao adversário o classificando como “caloteiro” e fez apelo aos eleitores: “Kalil não pode ser prefeito de BH”.
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