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Estado de Minas

PF deflagra 10ª fase da Operação Acrônimo

Policiais fizeram busca e apreensão em Minas e Rio e uma das empresas é a construtora Egesa


postado em 22/10/2016 06:00 / atualizado em 22/10/2016 07:43

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (21/11) a 10ª fase da Operação Acrônimo. Desta vez, os policiais fizeram quatro ações de busca e apreensão por documentos, três em empresas de Minas Gerais e uma no Rio de Janeiro. Uma das empresas é a construtora Egesa.

As ordens foram autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O órgão determinou sigilo das investigações. O governador Fernando Pimentel (PT) é acusado de se beneficiar de um esquema de corrupção a partir de empresas que mantinham contratos com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), no qual ele foi titular durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Até então amigo do Pimentel, o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, o Bené, fechou acordo de delação premiada para reduzir suas punições. Um dos episódios contados por ele dá conta que o governador “explicou ao colaborador que havia intermediado um interesse da OAS na construção de um gasoduto no Uruguai”, na gestão do então presidente daquele país Pepe Mujica.

Segundo Bené, a OAS se comprometeu a doar R$ 3 milhões para a campanha do governador em 2014, em depoimento em 12 de maio. O então ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, “informou que tinha contatos com o então chefe da Casa Civil do (ex-)presidente (do Uruguai Pepe) Mujica, o que viabilizou a contratação da OAS para construção do gasoduto”.

O advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, tem criticado as ações da polícia. Hoje, ele disse apenas que desconhecia os mandados da PF na Acrônimo. “Essa operação já se esgotou”, disse ele em 23 de setembro, data em que foi deflagrada a 9ª fase da Acrônimo. “O que resta é o gosto pelos holofotes e a busca desesperada de provas que não existem. E de fatos que as autoridades tiveram notícia desde o ano de 2014. Não existe nem nova fase na Acrônimo. O único fato verdadeiro é que a operação agoniza lentamente, diante das inúmeras ilegalidades e abusos praticados desde o seu início.”

A assessoria da Polícia Federal disse que uma ordem judicial a impede de prestar informações. A assessoria do STJ ainda não prestou esclarecimentos ao Estado de Minas.

 

 


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