Rio, 22 - A Polícia Civil informou que a Delegacia de Acervo Cartorário está fazendo pesquisa para "apurar as informações veiculadas pela imprensa sobre um procedimento instaurado em 1990, envolvendo um candidato a prefeito". Reportagem da revista Veja mostrou que o senador Marcelo Crivella já foi fichado na polícia, num episódio em que foi acusado de invasão de domicílio. O inquérito não foi localizado no arquivo da polícia e foi mostrado à revista pelo próprio senador, depois que os repórteres obtiveram cópias da foto de sua detenção. Crivella tem a posse até mesmo dos negativos do filme fotográfico.
Neste sábado, 22, o candidato não deu entrevista nem teve agenda pública. A campanha preferiu divulgar vídeo do senador em que o ele se explica.
"Vocês devem estar se perguntando sobre a capa da revista Veja. Nunca fui preso. O que ocorreu é que há 26 anos atrás, como engenheiro, eu fui chamado para fazer inspeção em um muro que caiu e tinha risco de machucar as pessoas. O terreno era da Igreja Universal, mas estava invadido. E os invasores não deixaram eu entrar. Deu uma confusão danada. Foi todo mundo para a delegacia. Lá, o delegado resolveu identificar a todos. Por isso, essa foto que você viu na capa. Mas não deu processo, nada. Pelo contrário. Eu é que iniciei processo contra ele por abuso de autoridade. Eu repito: nunca fui preso. Nunca respondi a nenhum processo. E posso provar com todas as certidões que apresentei no momento em que me inscrevi para ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro. Fiquem tranquilos. Eu sou ficha limpa", afirmou Crivella.