Leia Mais
Depois de passar João Leite na pesquisa, Kalil diz que não vai fazer oba obaEstatísticos denunciam fraudes em pesquisasEm BH, pesquisa mostra Kalil com 41% e João Leite com 35%É esse terço que derruba líderes e elege azarões. Em horas, um favorito pode virar terceiro colocado. Foi assim com Celso Russomanno em 2012 e 2016, e com Marina Silva em 2014.
Nas cidades com mais de 500 mil habitantes, a parcela dos eleitores que improvisam o voto é ainda mais numerosa, chegando a 45% - a mesma taxa da média das capitais. É quase metade do eleitorado das principais cidades do País deixando para decidir em cima da hora em quem vai votar.
Não é coincidência que o desinteresse e volatilidade sejam maiores nas grandes cidades, onde o eleitor está mais distante do candidato e do governo. A uma semana do segundo turno, 24% dos eleitores de Manaus dizem que ainda podem mudar seu voto. Em Belo Horizonte, 20%.
Já nos municípios menores, onde o eleitor conhece o prefeito pessoalmente e o trata pelo apelido, 63% dizem definir o voto logo no início da campanha.
Há outra diferença importante entre as eleições de prefeito nas grandes e pequenas cidades. Nas metrópoles e capitais, a principal fonte de informação para o eleitor escolher seu candidato é a TV: 36% citam-na como maior influenciador do voto.
Nas cidades até 50 mil habitantes, a TV é secundária. Conversas com parentes e amigos são protagonistas: 27% dizem que é assim que escolhem em quem votar, contra 13% nas cidades grandes. A TV é o principal influenciador para só 19% nas pequenas cidades.
A dificuldade de conhecer o candidato de perto, a falta de discussão sobre política com amigos e parentes e a intermediação da relação com os representantes pela TV parecem aumentar o desinteresse pelo processo eleitoral nas maiores cidades e, por tabela, a mutabilidade das intenções de voto. Por isso, são as capitais também do voto improvisado. .