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Jornal britânico menciona Crivella e diz que evangélicos empurram Brasil à direitaVídeo de Crivella é retirado da internetInquéritos sobre detenção de Crivella somem de arquivo da polícia, diz revistaVice de Freixo no Rio manifesta solidariedade a CrivellaMarcelo Crivella muda resposta à revista que estampa na capa foto dele presoCrivella nega que seu nome esteja envolvido em investigações da Lava JatoCandidato do PRB mantém vantagem no RioJá o candidato Marcelo Freixo (PSOL), que adotava um discurso ameno e propositivo e estava muito longe de Crivella nas pesquisa, contratou assessores que tinham trabalhado em campanhas do PMDB e do PSDB, conforme revelou o Estado, e adotou uma estratégia de desconstrução do adversário, com ataques duros. O resultado foi a redução em nove pontos da diferença entre os dois candidatos, que, no entanto, na ultima pesquisa Ibope, ainda apareciam distanciados um do outro, com uma vantagem de 17 pontos para Crivella.
Segundo o levantamento do instituto divulgado na quinta-feira passada, Crivella tem 46% das intenções de voto; Freixo, 29%. Os dois têm o desafio de avançar sobre os 25% dos eleitores que declararam que vão votar em branco, nulo ou ainda não se decidiram para o pleito.
Para o cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), é cedo para afirmar que há "uma onda Freixo" e se ele terá margem para virar a disputa. "Ainda precisamos de uma terceira pesquisa. Aparentemente, houve um desgaste da candidatura do Marcelo Crivella", declarou.
Monteiro afirma que o tom da campanha está "muito belicoso de parte a parte". "A televisão mostra um spot do Freixo seguido do Crivella, ambos com ataques bem diretos, acusações graves. Normalmente esse tipo de enfrentamento leva à situação em que os dois perdem.
Refluxo
A disputa no segundo turno começou morna. O primeiro debate, na Band, foi centrado em propostas. Em seguida, Crivella cancelou a participação em debates, reassumiu o mandato de senador e passou a ter compromissos em Brasília.
A mudança de tom partiu de Freixo, que assumiu estratégia mais ofensiva. Passou a fazer inserções apontando a aliança de Crivella com o ex-governador Anthony Garotinho e reproduziu vídeo gravado voluntariamente por Carminha Jerominho, filha do ex-vereador Jerominho, condenado por chefiar a maior milícia do Estado, em que ela diz que a família apoia Crivella.
O cientista político Ricardo Ismael, da PUC-RJ, avalia que Crivella enfrentou três ondas negativas. A primeira foi quando a campanha de Freixo fez a ligação entre o adversário e Garotinho; não obteve grande efeito.
"A opção da propaganda negativa está surtindo efeito, e houve a transferências de votos dele para Freixo. Crivella não conseguiu ainda neutralizar a associação com a Igreja Universal e surge a terceira onda, que é a reportagem da Veja, com a foto de sua detenção. Mesmo que ele consiga se explicar, essa explicação faz com que o fato circule mais ainda. É prematuro dizer que haverá virada, mas existe tempo suficiente para que ela aconteça", afirmou.
Ismael lembra que o tempo de campanha deste segundo turno está tão longo quanto o primeiro, prejudicado por Olimpíada e impeachment da presidente Dilma. "Se houver debate, este pode ser decisivo. Crivella está extremamente pressionado e vai precisar de capacidade muito grande para impedir que essa onda cresça", afirmou. .