Jornal Estado de Minas

João Leite e Kalil promovem ataques sem trégua pelo voto em BH

 

Os dois candidatos a prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) e João Leite (PSDB), começaram a última semana de campanha com nova troca de acusações. Enquanto o empresário tratou de atacar mais uma vez a administração do PSDB na Secretaria de Saúde da capital, o deputado tucano disse que, se eleito, vai obrigar o adversário a pagar cada centavo da dívida que ele tem com o IPTU. João Leite afirmou que tem obrigação de mostrar ao eleitor as mentiras do seu oponente e não poupou termos pejorativos para classificá-lo: “plagiador”, “condenado”, “debochado”. Kalil prometeu terminar a campanha falando apenas de propostas, mas avisou que vai se defender quando atacado: “Se ele vier (me atacar) tem pra ele, como sempre teve. Porque para falar dos outros é preciso ser limpo e correto e ele tem muitos defeitos”.

Nessa segunda-feira (24), em campanha no Bairro Palmeiras, Região Oeste da capital mineira, o ex-presidente do Atlético visitou o Córrego Buritis, no Bairro Palmeiras, local com péssimas condições de saneamento e que aguarda obras há mais de duas décadas, segundo os moradores. Kalil prometeu que os investimentos em saneamento básico serão prioridade em sua gestão, caso eleito prefeito, mas afirmou que só fará promessas quando tiver certeza de que a prefeitura terá dinheiro para fazer obras. O candidato disse ainda que os problemas de saneamento estão diretamente ligados aos problemas de saúde da população mais carente e aproveitou para emendar mais uma crítica ao adversário. Segundo ele, o PSDB comanda a pasta da saúde há oito anos e não tem administrado bem as verbas do setor.
“Tem dinheiro para a saúde. Neste ano o orçamento teve R$ 2,4 bilhões para saúde. Mas não podemos deixar mais os desvios imorais que acontecem na secretaria do PSDB.”

João Leite pediu votos nessa segunda-feira (24) aos servidores da PBH. Em encontro no Teatro da Cidade, Região Centro-Sul, ele prometeu um canal aberto de diálogo permanente. “Vamos discutir as carreiras sem privilégio para uma ou outra. É importante que o servidor tenha conhecimento de como será seu futuro. Um futuro que será definido sempre conversando com eles.
Terei um espaço aberto para a discussão e valorização do servidor público, que é importante para a população”, afirmou. Em entrevistas depois do evento, ele voltou a atacar o candidato do PHS: “A população já sabe que o candidato Kalil não paga seus trabalhadores. Tem R$ 140 milhões de dívidas com os trabalhadores. E agora, uma semana antes do fim da campanha, pega R$ 2,2 milhões e coloca na sua campanha”, afirmou.

 

.