"A PEC 241 é o maior ataque aos direitos sociais do trabalhador na história do Brasil", diz Josivaldo Oliveira, da Frente Brasil Popular no Ceará.
A entidade entende que, além de não servir para estabilizar a dívida pública, a proposta não combate a inflação, nem garante uma maior eficiência na gestão do dinheiro público. "A população cresce a cada dia e os gastos congelados vão significar uma queda vertiginosa nas despesas federais, comprimindo a provisão de serviços públicos", diz Oliveira, que participa da organização de novo ato, marcado para hoje, na Praça da Gentilândia, em Fortaleza.
Bombas
Ontem, ocorreram manifestações pontuais em cidades do interior e em capitais. Em Porto Alegre, um primeiro ato, logo pela manhã, bloqueou uma das principais entradas da capital, na Avenida Mauá, no acesso ao Centro Histórico, causando grande congestionamento. O trânsito só foi liberado com a ação da Brigada Militar. O Pelotão de Choque foi acionado e precisou lançar bombas de gás para dispersar o protesto. À tarde, no centro, professores fizeram uma caminhada, que terminou em frente ao Palácio Piratini, sede do Executivo gaúcho
Em Belo Horizonte, alunos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) fizeram paralisação. Desde sexta-feira, o prédio onde funciona o Centro de Atividades Didáticas, no Campus da Pampulha, está ocupado. Também ocorreram manifestações em escolas federais do interior do Estado.
No Rio, a mobilização teve início pouco antes das 19 horas, na Praça Pio X, ao redor da Igreja da Candelária. A Avenida Rio Branco foi interditada. A passeata seguiu em direção à Cinelândia.