Para o ministro, a PEC aprovada como está será uma mensagem da maior importância para os agentes econômicos do Brasil, consumidores, investidores e empresários internacionais. Seria, segundo ele, uma mensagem "para o mundo todo que o Brasil está levando a reforma fiscal a sério e que o Brasil está engajado nas reformas fundamentais para voltar a crescer".
O Planalto divulgou na manhã dois vídeos de Meirelles. No segundo, o ministro da Fazenda afirma que há uma confiança muito grande de que, com a aprovação da PEC do teto, o Brasil entrará numa rota de crescimento sustentável. Ele destaca que os índices de confiança no País começam a melhorar "de forma impressionante", refletindo em determinados indicadores, como a valorização do real frente a outras moedas. "Mais importante que tudo não é cotação, mas estão entrando recursos. Porque as empresas começam a desengavetar projetos de investimentos que estavam parados, tirar poeira, atualizar, fazer planos para investir no Brasil", afirma Meirelles.
O ministro relata no vídeo que, durante viagem aos Estados Unidos para reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, foi possível perceber um interesse muito grande no Brasil. "Uma palestra minha sobre o Brasil, em Washington, teve a maior plateia em evento desse tipo na história dessas reuniões lá e de eventos programados para investidores ao lado da reunião do FMI. É algo impressionante, que mostra que sim, temos hoje uma confiança muito grande de que, com a aprovação da PEC, o Brasil entra numa rota de crescimento sustentável", concluiu.
A PEC do teto é a principal matéria da sessão do Plenário da Câmara dos Deputados nesta tarde, quando os parlamentares se reúnem para votar o texto em segundo turno.
Aprovada em primeiro turno na Câmara no dia 11 deste mês, a PEC limita as despesas primárias do governo federal, pelos próximos 20 anos, ao valor gasto no ano anterior mais a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do período de junho do ano retrasado a julho do ano anterior.
A expectativa do Planalto e de parlamentares governistas é que a votação da matéria na Câmara termine ainda nesta terça-feira. Depois, o texto seguirá para o Senado para apreciação e votação também em dois turnos. O governo espera repetir ou superar a votação expressiva obtida no último dia 11, quando aprovou o texto por 366 votos a 111.