Brasília, 25 - O presidente Michel Temer afirmou, por meio de seu porta-voz Alexandre Parola, que viu "novamente com grande satisfação" a aprovação da PEC que limita os gastos públicos em segundo turno na Câmara e ressaltou novamente que a medida não vai tirar recursos da Saúde e da Educação.
"O presidente Michel Temer observa que ao longo de todas as conversas mantidas com deputados e deputadas deixou sempre claro que setores essenciais como saúde e educação são e serão preservados pela PEC e pelo governo, que faz investimento social responsável como inarredável de suas prioridades", disse o porta-voz.
Na mensagem, Temer agradeceu "em primeiro lugar, as lideranças da Câmara e a cada deputado e deputada" e disse que os votos obtidos refletem "o convencimento em torno de uma iniciativa, que todos sabemos que é essencial para a reconstrução da economia brasileira". "Também indica a existência de um consenso sólido em torno do rumo a seguir, mostra-se assim reforçada a convicção da nossa sociedade com o imperativo de manter a responsabilidade com as contas públicas", completou.
Para o presidente, "o Brasil que se está desenhando a cada dia e a cada votação é um País que entende que a responsabilidade fiscal e social representam os fundamentos da recuperação do emprego e do crescimento sustentável".
Em sua mensagem, Temer disse ainda que um governo com responsabilidade fiscal é uma das formas de respeito aos impostos recolhidos dos trabalhadores e empresariado. "E devem ser usados com eficiência e transparência".
Placar "baixo"
A matéria foi aprovada há pouco por 359 votos, placar inferior ao registrado no primeiro turno, quando foi votada por 366 deputados. Apesar disso, no Planalto, o resultado abaixo do esperado foi minimizado por Temer. Nas contas preliminares do governo, a oposição de fato conquistou cinco votos, mas pelo menos 21 parlamentares que votariam pela PEC estão fora de Brasília, sendo ao menos seis em viagens no exterior e outros envolvidos na campanha municipal.
Temer assistiu o resultado da votação em seu gabinete com os ministros Geddel Vieira Lima (secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil), o secretário de PPI, Moreira Franco; o assessor especial Rodrigo Rocha Loures e o presidente do PMDB-SP, José Yunes. Segundo interlocutores, Temer estava com a sensação de "missão cumprida", alegre e grato pela união da base aliada, que tem demonstrado compromisso com as reformas.
O presidente ainda vai ligar para os líderes da base e para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para agradecer a votação.
Parte do governo trabalhava com a meta de chegar a até 400 votos e acreditava que poderia demonstrar a força da base aliada para as reformas econômicas ao mercado. O objetivo era, pelo menos, que segundo turno tivesse um placar mais expressivo do que o primeiro, quando o governo chegou a ameaçar retaliações - com perdas de cargos e emendas - aqueles deputados da base que não votassem pela aprovação da proposta.
Hoje pela manhã, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que esperava um placar de 370 votos. "Vamos aprovar, não tem dúvida nenhuma que vamos aprovar.