O ex-presidente do Atlético, Alexandre Kalil (PHS), afirmou no início da tarde desta quarta-feira desejar que os ataques por parte do adversário nas urnas, o deputado estadual João Leite (PSDB) continuem. O candidato fez caminhada na avenida principal do Bairro Betânia, Região Oeste de BH, onde conversou com lojistas, subiu em um ônibus para cumprimentar o motorista e tirou foto com funcionários de uma loja com o bandeirão do time rival, Cruzeiro.
Questionado sobre o clima bélico da campanha, Kalil ironizou o adversário: “Tomara (que continue), porque não está dando certo. Se ataque fosse bom, não precisava de campanha, precisava de investigador e de boca de aluguel”, disse.
Logo depois do debate da TV Alterosa, Kalil disse que irá processar João Leite por dizer que seu vice, o deputado estadual Paulo Lamac (Rede), foi citado na Operação Acrônimo. Presente na caminhada, Lamac disse que também poderá processar o tucano por quebra de decoro parlamentar na comissão de ética da Assembleia, o que pode levar João Leite a perder o cargo de deputado.
Retratação
O vice de Kalil disse já estar com as ações prontas, aguardando para ver se João Leite fará uma retratação. “É absolutamente inadmissível um parlamentar, por mais que esteja desesperado, partir para uma ação como essa. Mas vou aguardar que tenha sido um erro de expressão e que ele possa reconhecer isso”, afirmou.
Kalil considerou a última pesquisa Data Folha, que o coloca em empate técnico com João Leite, positiva. “Sempre faço pesquisa comparando e uma que subo sete e eles descem sete é uma boa pesquisa”, afirmou. O candidato disse que vai aguardar outros levantamentos, já que o instituto o colocou 11 pontos atrás do adversário no primeiro turno e no resultado a diferença era de seis.
O candidato do PHS também se defendeu de uma reportagem publicada pela Folha que o aponta como réu em um processo por trabalho escravo. De acordo com o texto, a empresa dele teria sido condenada a indenizar um funcionário por condições degradantes. “Quero avisar para todo mundo que trabalho escravo é crime, não é trabalhista não, é criminal. Isso faz parte de uma estratégia feita provavelmente lá em Brasília, é uma ação trabalhista absolutamente comum, com dinheiro depositado, esperando o resultado”.