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Estado de Minas

ONU aceita recurso de Lula contra Moro e procuradores da Lava-Jato

De acordo com os advogados do ex-presidente, ele foi comunicado hoje da decisão. Governo tem dois meses para se manifestar


postado em 26/10/2016 17:03 / atualizado em 26/10/2016 17:34

Coletiva de Cristiano Zanin, advogado de defesa do ex-presidente Lula, em coletiva sobre o caso em seu escritório(foto: Filipe Araújo)
Coletiva de Cristiano Zanin, advogado de defesa do ex-presidente Lula, em coletiva sobre o caso em seu escritório (foto: Filipe Araújo)
A Organização das Nações Unidas (ONU) aceitou a denúncia protocolada pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra abuso de poder e violação da Convenção Internacional de Direitos Políticos e Civis pelo juiz Sérgio Moro e procuradores federais que atuam na Operação Lava-Jato."O comunicado passou por um primeiro juízo de admissibilidade e foi registrado perante aquele órgão", informou a defesa do ex-presente.


Ela foi protocolada pela defesa do ex-presidente em julho deste ano e acusa Moro e os procuradores de violação e abuso. Entre as irregularidades a defesa elenca a condução coercitiva de Lula em março deste ano.

Cita ainda o vazamento dos dados confidenciais, divulgação de gravações telefônicas do ex-presidente e familiares e o uso de prisões temporárias e preventivas para a obtenção de acordos de delação. O governo brasileiro,  segundo a defesa de Lula, tem dois meses para se pronunciar.

Em nota assinada pelo advogado do ex-presidente, Cristiano Zanini, ele afirma que precedentes da ONU e de outras Cortes Internacionais mostram que o Juiz Moro cometeu uma série de ações ilegais contra Lula, seus familiares, colaboradores e advogados, perdendo assim “forma irreparável sua imparcialidade para julgar o ex-presidente” .

"É especialmente importante saber que, a partir de agora, a ONU estará acompanhando formalmente as grosseiras violações que estão sendo praticadas diariamente contra Lula no Brasil", diz a nota. 


Os integrantes da Operação Lava-Jato ainda não se manifestaram sobre a decisão da ONU.


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