Porto Alegre, 28 - O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, minimizou o estresse ocorrido esta semana entre o Legislativo e o Judiciário protagonizada pelo presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL) e pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia. Segundo ele, não há crise institucional no Brasil e as instituições funcionam perfeitamente, com independência e harmonia.
"Crise institucional zero. As instituições, os poderes da República, funcionam plenamente. Portanto não existe crise institucional", afirmou nesta sexta-feira a jornalistas, ao chegar a evento na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul).
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Para Fux, Renan teve razão no conteúdo, mas errou na forma ao criticar MétisEm meio a briga com juízes, Renan articula indicações para o CNJJuízes entram com processo contra Renan no Conselho de Ética do SenadoNa semana passada, o juiz de primeira instância Vallisney de Souza Oliveira autorizou a prisão de quatro policiais legislativos, além de buscas na sede da Polícia Legislativa no Congresso Nacional. Após o episódio, o presidente do Senado, Renan Calheiros, declarou que a operação foi "fascista" e chamou o juiz responsável de "juizeco". A presidente do, ministra Cármen Lúcia, rebateu as críticas no início desta semana, dizendo que onde um juiz é "destratado", ela também é.
"Ontem (27) o Judiciário disse como deveria ser. Ponto, terminou (a crise)", acrescentou Padilha, referindo-se à decisão do ministro Teori Zavascki, do STF, que suspendeu, nessa quinta-feira, 27, os efeitos da Operação Métis no Senado.
De acordo com Padilha, a crise entre a opinião de uma pessoa e de outra não significa que há crise uma entre as instituições.
O presidente Michel Temer entrou em cena para apaziguar os ânimos entre Legislativo e Judiciário. Nesta sexta-feira, reuniram-se no Itamaraty, os chefes dos três poderes: Temer, a ministra Cármen Lúcia, e Renan Calheiros, além do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, que também esteve no centro da crise desta semana.
Greve
Perguntado sobre a decisão do STF dessa quinta-feira, que determinou que os servidores públicos que aderirem a paralisações tenham os dias de greve descontados do seu salário, Padilha limitou-se a dizer que "foi o Supremo Tribunal Federal quem disse, não é o governo que está dizendo"..