Brasília - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, prevê que o segundo turno eleitoral ocorra com tranquilidade, mesmo nos casos em que os eleitores terão de trocar o local de votação em razão das ocupações de estudantes em escolas.
Segundo ele, os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) estão fazendo um esforço às vésperas da eleição para divulgar a tempo o novo ponto de votação aos eleitores que terão de ir a local diferente amanhã, em razão das manifestações. "Os TREs estão tomando todas as cautelas, agora é um esforço de divulgação para que o eleitor se informe a tempo para poder comparecer. Nós esperamos que isso corra de maneira adequada, sem maiores problemas", disse Mendes, após cerimônia.
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Gilmar Mendes e Zavascki vão a Washington observar eleições e falar do BrasilNeste domingo haverá segundo turno em 57 cidades do paísQuestionado sobre as manifestações, Gilmar Mendes considerou o protesto legítimo, mas defendeu que seja visto de maneira crítica. "É legítimo que se façam protestos, mas é preciso também respeitar os direitos que devam ser exercidos (pelos eleitores). É preciso que haja a devida medida e acho que devemos pensar nisso de uma maneira crítica", afirmou o presidente do TSE, durante cerimônia de verificação dos sistemas das urnas eletrônicas.
Ele afirmou ainda que acredita que o segundo turno será mais pacífico, em comparação com o primeiro turno da disputa municipal, em razão da menor quantidade de cidades e eleitores que vão às urnas.
Crise entre os poderes
Gilmar minimizou a existência de qualquer desconforto entre a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, e disse que o País vive há 30 anos "em normalidade institucional". "Não há nenhuma dificuldade", afirmou, ressaltando a existência de um "diálogo" entre os Poderes da República. Ontem, Cármen e Renan estiveram reunidos com o presidente da República, Michel Temer, após dias com relação tensionada em razão de um discurso de Renan contrário ao juiz que autorizou a Operação Métis, que prendeu quatro policiais legislativos..