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Estado de Minas

Neste domingo haverá segundo turno em 57 cidades do país

Somente em Minas, cerca de 1,02 milhão de eleitores de Contagem, Juiz de Fora e Montes Claros voltam às urnas hoje. No Brasil, futuros prefeitos enfrentarão o desafio das dívidas


postado em 30/10/2016 06:00 / atualizado em 30/10/2016 08:21

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse ontem que protestos em escolas são legítimos, mas devem levar em conta o direito do eleitor(foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, disse ontem que protestos em escolas são legítimos, mas devem levar em conta o direito do eleitor (foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Além de Belo Horizonte, outras três cidades mineiras também vão às urnas hoje para eleger seus prefeitos em uma das eleições mais baratas já registradas nos últimos tempos. Juntos, os seis candidatos às prefeituras de Contagem, Juiz de Fora e Montes Claros gastaram até sexta-feira, último dia do horário eleitoral, cerca de R$ 6,4 milhões nos dois turnos. Ao todo essas três cidades somam cerca de 1,02 milhão de eleitores. Em todo o Brasil, o segundo turno envolverá 57 cidades, das quais 18 capitais.

Em Juiz de Fora, na Zona da Mata, com 392,6 mil eleitores, a última pesquisa eleitoral recente do Ibope apontava vantagem do prefeito, Bruno Siqueira (PMDB), sobre a adversária, a deputada federal Margarida Salomão (PT), repetindo a dobradinha do segundo de 2012. Mas em Contagem, na região metropolitana, e Montes Claros, no Norte de Minas, os atuais prefeitos encontram dificuldade para permanecer no cargo. No município da Grande BH, terceiro maior colégio eleitoral mineiro, com 443,5 mil eleitores, o atual prefeito, Carlin Moura (PCdoB), deve ser derrotado.

Ele concorre no segundo turno com seu ex-secretário de Desenvolvimento Econômico Alex de Freitas, que deixou o PSB em 2015 para se filiar ao PSDB e disputar a eleição. Segundo pesquisa do Instituto Giga, encomendada pelo Estado de Minas e registrada na Justiça Eleitoral, Alex tem 71% dos votos válidos, contra 29% de Carlin, que foi para o segundo turno com uma diferença pequena em relação ao tucano.

Mesma situação se encontra Ruy Muniz (PSB), prefeito afastado de Montes Claros, cidade com 255,07 mil eleitores. De acordo com pesquisa recente do Instituto Multidados, o candidato Humberto Souto (PPS) aparece com 55%, contra 35% de Muniz. Além da desvantagem na pesquisa, Muniz ainda espera o julgamento do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) da sua chapa, cancelada em 16 de setembro. Muniz foi preso pela Polícia Federal em operação que investiga desvios de verbas da administração municipal. Muniz foi solto, mas voltou a ter novo pedido de prisão expedido pela Justiça Federal por causa de processo que investiga irregularidades na compra de imóvel da família. Durante a campanha, chegou a ser considerado foragido pela polícia. Depois do segundo turno, ele conseguiu autorização do STF para responder em liberdade às acusações.

ENDIVIDADOS Em todo o Brasil, daqui a pouco mais de dois meses, prefeitos de 5.568 municípios tomarão posse para um novo mandato ou para a reeleição, confrontados com um cenário desolador: como administrar cidades sem dinheiro para investir e, em alguns casos, sem recursos sequer para pagar os salários do funcionalismo.

O problema se estende pelo país, mas é dramático nas capitais. Dados levantados pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) mostram que as dívidas destas cidades somam R$ 63 bilhões. Apenas a cidade de São Paulo, que passará a ser comandada pelo tucano João Doria, deve R$ 29 bilhões. “Ser eleito prefeito, no atual momento em que o país atravessa, significa poucas razões para comemorar”, resume o diretor de Documentação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto de Queiroz.

Para a vice-presidente da Ideia Inteligência, Cila Schulman, o tempo em que valia o mantra de que “se for tiver um bom projeto, o dinheiro vai aparecer” ficou para trás. “O setor público está quebrado; organismos internacionais, como o Banco Mundial, restringiram a oferta de crédito por conta da crise brasileira; e o setor privado está endividado.” (Colaborou Paulo de Tarso Lyra)


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