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No primeiro ato da equipe de transição, hoje à tarde, Lamac e Barbosa vão à Câmara para abrir oficialmente o diálogo com a Casa, que terá 23 das suas 41 cadeiras renovadas a partir de janeiro – quatro delas ocupadas por parlamentares do PHS. Vereador por dois mandatos, o vice de Kalil estará num território bastante conhecido. Em 2007, foi vice-líder na Câmara do então prefeito e atual governador Fernando Pimentel. Por dois anos, entre 2009 e 2011, Lamac se tornou líder do prefeito Marcio Lacerda (PSB) no Legislativo municipal.
Para Barbosa, a articulação política estará em boas mãos. “Na época em que Lamac era líder do Lacerda, eu era líder da oposição e já gostava dele”, comenta. O desafio da equipe será pôr em prática o discurso da campanha.
“Vamos conversar com cada vereador. Não vai ter mais supervereador. Todos serão tratados igualmente e com atendimento personalizado. Vamos tratar o vereador como autoridade e mostrar que eleição não se ganha com cargo, mas com voto, resolvendo os problemas da população. Vamos ter uma prefeitura comprometida com o trabalho deles na comunidade”, afirma.
ORÇAMENTO Além de começar a articulação da base aliada de Kalil na Câmara, a equipe de transição vai negociar com vereadores uma pauta de votação de interesse do próximo prefeito. Embora só assuma em janeiro, o futuro chefe do Executivo quer participar das discussões do orçamento, que tem que ser aprovado até dezembro. O texto que está em tramitação na Câmara prevê receitas de R$ 12,3 bilhões e despesas de R$ 11,3 bilhões.
Outro foco será a tentativa de adiar para a próxima legislatura a aprovação do Plano Diretor do município.
O esforço de Marcio Lacerda na Câmara, entretanto, é de limpar a pauta de votações antes do fim do mandato. Há pelo menos 30 projetos de lei em tramitação que precisam ser analisados até dezembro. Além do Orçamento e do Plano Diretor, a lista conta com operação urbana consorciada do Barreiro, a alteração do Estatuto do Servidor, a política de fomento à cultura, a criação do Fundo Municipal de Esportes, entre outras.
“Já pedimos dois requerimentos para colocar em pauta o Plano Diretor. A cidade tem que andar”, cobra o líder de governo na Câmara, Preto (DEM). O parlamentar reconhece que a aprovação dos projetos do Executivo não será tarefa fácil. Sem conseguir fazer um sucessor e com renovação da Câmara, Lacerda termina o mandato com a base enfraquecida. Muitos vereadores que não conseguiram se reeleger estão ressentidos com a falta de apoio do prefeito durante a campanha.
Nessa segunda-feira (31), o presidente da Câmara, Wellington Magalhães (PTN), ligou para Kalil parabenizando-o pela vitória. Magalhães apoiou João Leite (PSDB) no segundo turno e disse que nunca tinha conversado com o ex-cartola. “As eleições passaram. Agora é outro momento, começa do zero. Os vereadores têm responsabilidade com a cidade. Liguei para parabenizá-lo. Temos que ter um diálogo transparente”, afirma.
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