Após o rápido lamento, o senador associou a derrota do PT pelo País nas eleições municipais deste ano com as próximas eleições majoritária e proporcional de 2018, quando seu nome deverá disputar a vaga dentro do PSDB a candidato ao Palácio do Planalto. "Isso terá também um reflexo grande na eleição para a Câmara Federal, não tenho dúvida, nas eleições de 2018", afirmou Aécio.
Durante a coletiva, o tucano concentrou as avaliações na ampliação das vitórias da legenda em todo o País e em ataques ao PT. A cúpula do PSDB deve se reunir no próximo dia 24, em Brasília, com os eleitos para avaliar o atual cenário político.
"Sem dúvida alguma o PSDB sai muito fortalecido. A vitória em São Paulo foi extraordinária como foi a vitória em todas as regiões do País que estivemos. Vencemos em Porto Alegre, voltamos a vencer em Manaus, conquistamos prefeituras do Nordeste onde tivemos resultados historicamente muito ruins, em todas as últimas eleições. Desalojamos o PT de todas as capitais daquela região", considerou o senador tucano após ser questionado sobre possíveis comparações com o desempenho do governador Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa municipal de São Paulo.
O senador mineiro também evitou falar sobre a disputa interna para a escolha do candidato presidencial de 2018. Tanto ele quanto Alckmin são potenciais postulantes à vaga. "Felizmente as alternativas estão ai e são várias. Antecipar esse processo é um desserviço não apenas ao partido, mas àquilo que é essencial: construirmos a nossa agenda, que vai tirar o País da crise, que vai gerar esperança nos agentes econômicos. E consequência disso investimentos e emprego. A nossa prioridade hoje não é eleição de 2018".
Base aliada
Segundo o tucano, o partido manterá, por ora, o mesmo alinhamento com o governo do presidente Michel Temer que tinha antes das eleições municipais, apoiando-o inclusive na votação das reformas previstas para serem encaminhadas pelo Executivo ao Congresso, após a conclusão da PEC do Teto, que estabelece limites de gastos públicos.
"Vejo o fortalecimento do PSDB também como o fortalecimento do governo Temer. A nossa aliança com o governo Temer sempre foi feita de forma clara. Nós apoiamos uma agenda de reformas necessárias para tirar o Brasil do abismo, das profundezas que o PT nos mergulhou. Enquanto sentirmos que há disposição do governo Temer, e percebo que hoje há, para condução dessa agenda, ele terá o apoio do PSDB", afirmou.