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'Resultado em Belo Horizonte nos desaponta', diz AécioAécio comemora derrocada do PTAlckmin forma 'cinturão azul' em SPUm em cada 4 eleitores será governado pelo PSDBPSB cresce em São Paulo e favorece plano de Alckmin para 2018Alckmin diz que eleição de 2018 não está na agenda política neste momentoApesar de o PSDB sair das eleições municipais como o maior vitorioso, Aécio, presidente do partido, amargou nova derrota na terra natal - em Belo Horizonte, o candidato tucano João Leite foi derrotado no segundo turno por Alexandre Kalil (PHS). Já o governador paulista, que faturou com a vitória de João Doria (PSDB) em São Paulo no primeiro turno, consolidou o triunfo na segunda etapa de votação e aumentou seu capital político para 2018.
A escolha do líder na Câmara, que ocorrerá na primeira semana de dezembro, é vista no partido como estratégica para a escolha do futuro presidenciável. A representação "alckimista" tem 14 deputados federais de uma bancada de 50.
O coordenador da eleição interna dos "alckmistas" é o deputado Ricardo Tripoli. Além dele, estão cotados os deputados Silvio Torres, secretário-geral do PSDB - que é o favorito -, Vanderlei Macris e Eduardo Cury, todos afinados com o Palácio dos Bandeirantes. "O PSDB foi o grande vencedor do Brasil. Já dentro do PSDB o grande vencedor foi Geraldo Alckmin.
Estado
Aliados de Aécio, por sua vez, minimizam a derrota de João Leite em Belo Horizonte e a influência de Alckmin em São Paulo e afirmam que o senador mineiro revitalizou sua liderança nacional nestas eleições municipais. "Aécio continua no páreo. Ele terá influência na sucessão da liderança da bancada. Geraldo Alckmin teve uma grande vitória, mas está preso na missão de governar São Paulo", afirmou o deputado federal Domingos Sávio, que é presidente do PSDB mineiro.
'Desserviço'
Ao fazer um balanço sobre as eleições municipais nesta segunda-feira, 31, em Brasília, Aécio evitou comparações com o governador de São Paulo e falar sobre a disputa interna para a escolha do candidato presidencial de 2018. "Felizmente, as alternativas estão aí e são várias. Antecipar esse processo é um desserviço não apenas ao partido, mas àquilo que é essencial: construirmos a nossa agenda, que vai tirar o País da crise, que vai gerar esperança nos agentes econômicos", disse Aécio.
Em Jaguariúna, no interior paulista, Alckmin também desconversou sobre as próximas eleições presidenciais. "2018 é outro momento.
DISPUTAS INTERNAS
Liderança na Câmara
Em dezembro, haverá a escolha do líder da bancada na Câmara. O grupo do governador Geraldo Alckmin pretende lançar um candidato, o que pode levar a uma disputa entre ele, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o ministro José Serra.
Presidência da Câmara
A sucessão na Câmara, em fevereiro de 2017, é outro momento determinante para a legenda. O atual líder na Casa, Antônio Imbassahy, e o deputado Carlos Sampaio (SP), ligados a Aécio, são cotados. Do grupo de Serra, o deputado Jutahy Junior (BA) quer concorrer. A sigla reivindica apoio do Planalto e do PMDB para chegar ao comando da Casa.
Executiva Nacional
Em maio do ano que vem, haverá a formação da nova Executiva Nacional tucana. Aliados de Aécio dizem que ele pode renovar o mandato no comando do PSDB, cargo considerado crucial nas articulações internas com vistas à disputa de 2018..