São Paulo, 03 - O ex-ministro Antonio Palocci, é acusado pelo Ministério Público Federal de atuar de forma "ilícita" para beneficiar o Grupo Odebrecht na contratação pela Petrobrás de estaleiros nacionais. Esses estaleiros atuam na construção de plataformas e navios-sonda para exploração de petróleo dos campos do pré-sal - negócio de mais de US$ 21 bilhões, que envolveu a criação da empresa Sete Brasil.
A informação consta em denúncia contra o petista que deve ser analisada nesta semana pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz a Operação Lava-Jato na 1.ª instância, em Curitiba.
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Preso desde 26 de setembro, o ex-ministro foi acusado formalmente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, apontado como "ponte" entre a Odebrecht e o governo federal.
'Interferência'
Segundo a denúncia, em 2011, quando soube que o estaleiro controlado pelo seu consórcio havia sido derrotado em processo licitatório, Marcelo Odebrecht, presidente afastado do grupo, enviou um e-mail ao assessor de Palocci pedindo um encontro com o ex-ministro. "Aquele assunto do Petróleo não está indo bem", escreveu Odebrecht. Para os procuradores, "era nítido no e-mail: instar Antonio Palocci para que interferisse nas decisões a serem adotadas pela alta administração do governo federal, a fim de resolver questões de interesse da Odebrecht relativas a contratos com a Petrobrás".
A Sete Brasil diz que "colabora com as investigações". O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, afirma que as acusações contidas na denúncia "são uma peça de ficção." .