São Paulo, 07 - O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, negou que use aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) de maneira imprópria, conforme relatou reportagem publicada na edição desta segunda-feira, 7, do jornal O Estado de S. Paulo. Segundo Pereira, todas as vezes que veio a São Paulo havia algum evento ou reunião na agenda.
O ministro ainda reiterou que enviou um e-mail para a reportagem do Grupo Estado com os links da agenda e de matérias sobre os eventos que participou nos dias questionados.
Na reportagem, Pereira aparece como um dos ministros que usaram os aviões da FAB de maneira imprópria entre 12 de maio e 31 de outubro, uma vez que nem todas as viagens estavam divulgadas nas agendas e alguns deslocamentos foram realizados para as cidades em que residem, o que foi proibido por decreto da então presidente Dilma Rousseff em 2015.
No caso de Pereira, de um total de 32 viagens no período, 20 vezes ele foi ou voltou de SP. Em pelo menos 7 das 20 viagens, a reportagem não encontrou justificativa para o deslocamento. Pereira é natural do Espírito Santo, mas reside na capital paulista.
PEC do teto
O ministro disse ainda que acredita na aprovação da PEC do teto de gastos no Senado com ampla maioria, conforme ocorreu na Câmara dos Deputados. Segundo ele, a sociedade precisa entender que ou os gastos públicos são limitados ou o governo terá que aumentar impostos.
Pereira ainda disse que o governo já explicou para a sociedade a importância da PEC do teto, e que não há falha de comunicação sobre a medida, embora haja várias escolas ocupadas no País e protestos marcados contra a proposta. "Tem gente que não quer entender, é um problema político", completou.
Sobre a reforma da Previdência, Pereira comentou que esse é assunto da Casa Civil, mas que acredita que o projeto deve ser enviado até o final do mês para o Congresso. Questionado se o governo estaria enfrentando problemas, já que a expectativa é que a reforma fosse enviada logo após as eleições municipais, Pereira disse que "dificuldades existem, mas serão superadas".
A declaração foi dada na Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo (CASE 2016), promovida pela Associação Brasileira de Startups (ABstartups), com patrocínio do MDIC e da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).