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Questionado sobre Aécio, Kalil recorre ao seu estilo contundente, sem freios nas palavras. "Não adianta quererem que eu vá lá lamber o saco de Aécio que não vou. Aécio para mim não tem a menor importância. Tratam Aécio como se fosse Deus", afirmou o prefeito eleito ao Estadão.
O senador, apesar de ter aparecido raras vezes na campanha de João Leite, depositou seu capital político na campanha derrotada. Kalil não quis comentar o vídeo postado nas redes sociais pouco antes do segundo turno cujo conteúdo sugere ameaças. Ele chama Aécio de "príncipe" e diz que é preciso "cuidado que o príncipe vai para a gaiola".
O prefeito eleito não quis, por exemplo, explicar quem é "Bidu", citado no vídeo. "Ele (Aécio) sabe quem é", disse, evitando outros comentários.
Do time
Kalil não tem a mesma restrição no que se refere a outro líder da política mineira, o governador petista Fernando Pimentel. "Esse é cacique. Preciso dele." Na campanha, o candidato derrotado João Leite (PSDB) afirmava que Pimentel tinha como candidato, na verdade, Kalil, e não o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), que ficou em quarto lugar na disputa. Procurada, a assessoria de Aécio não respondeu.
Sobre a arte de governar, o prefeito eleito de Belo Horizonte, que presidiu o Atlético-MG, afirma não haver diferença entre comandar um time de futebol e uma prefeitura. "Existem 500 municípios menores que o Atlético em Minas. Administrar é uma coisa só.
'Realidade'
Não é bem o que pensa o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), que tem posição bem clara sobre seu futuro sucessor. "Kalil é político até a raiz dos cabelos. Já foi candidato a deputado e desistiu. Está filiado no terceiro partido, parece. Ele fez uma campanha estilo Trump de 'está tudo errado, nada presta'. Agora ele vai se confrontar com a realidade. E já está dizendo que não fez promessa nenhuma. Vamos ver como vai ser.
A comissão de transição utiliza atualmente um espaço dentro da empresa pública de transporte da cidade, a BHTrans, que terá sua "caixa-preta aberta", segundo Kalil. .