Leia Mais
Temer se reúne com Meirelles, Dyogo, Padilha e Jucá para discutir PrevidênciaTemer critica protestos de estudantes'Tenho certeza de que não muda nada', diz Temer sobre eleição de TrumpMTST e sindicatos no País protestam contra PEC do TetoPEC do Teto para gastos públicos caminha para aprovação no SenadoTemer critica defesa de Dilma em ação no TSEEunício rejeita na PEC emendas que preservam reajuste real de salário mínimo"Chamo de PEC da Vida e é fundamental para o país", reagiu Temer. Segundo ele, as críticas partem daqueles que desconhecem o inteiro teor da proposta. "As pessoas não leem ou têm má vontade", rebateu o presidente. Temer disse que a proposta nãoreduzirá os investimentos do estado em políticas sociais, em especial para a saúde e a educação. "Têm especialistas que dizem isso (criticam), mas têm especialistas que dizem o contrário", disse.
O presidente disse também que o teto é "geral" e que o governo terá "setores prioritários". "Nós aumentamos as verbas para saúde e educação (se referindo ao orçamento para o ano que vem) e evidentemente teremos que tirar de outros setores", afirmou.
Temer insistiu neste tema, com críticas indiretas à oposição.
Orçamento doméstico
Temer explicou a PEC do Teto comparando a medida ao orçamento doméstico."O estado é mais ou menos como a sua casa. Temos um déficit de R$ 170 bilhões, isso significa quase 70% do PIB. Nas projeções que estão sendo indicadas, se não cuidarmos da contenção dos gastos, em 2023, 2024, será 100% do PIB, ou seja, o estado brasileiro irá a falência", disse
Ocupação de escolas
O presidente também disse que as ocupações das escolas em vários pontos do país - em protesto contra a PEC do Teto e a reforma do ensino médio- trata-se também de desconhecimento daqueles que combatem as medidas. "Ao invés do argumento oral, verbal e intelectual para mostrar que aqui está errado por causa disso, não, o argumento é físico.
Segundo Temer, se for perguntar aos estudantes o que eles estão combatendo, não haverá respostas. "Quais são os dispositivos legais do texto (propostas do governo). Não sei se todo mundo conhece. As escolas poderiam chamar especialistas", disse o presidente.
Delação premiada
Temer afirmou também, durante a entrevista à Rádio Itatiaia, que não tem preocupação com a possibilidade de uma delação premiada do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e de Marcelo Odebrecht, e o impacto que elas possam ter no governo. Segundo Temer, há a "maior tranquilidade" em relação a isso.
"Eu tenho dito e reafirmado que precisamos aprender no Brasil que há três poderes na República: O Executivo, Legislativo e o Judiciário", disse. "E o Judiciário está cuidando disso com muita adequação, muita segurança, de modo que não há porque preocupar-se em relação a isso no tocante ao governo", afirmou.
Temer rechaçou ainda as falas de que isso poder paralisar o governo. "O Executivo tem as suas tarefas e não pode paralisar o país por causa disso", afirmou.
O presidente disse ainda que se "eventualmente" algum membro do governo ou do PMDB, venha a venha a ser incriminado "há um longo processo pela frente".
"Delação significa que alguém mencionou o nome de alguém. Quando alguém menciona o nome de outrem surge uma investigação na Polícia Federal, subsequente a essa investigação, se houver dados concretos, você manda ao Ministério Público para propor inquérito.
Reforma da Previdência
O presidente também falou sobre a reforma da Previdência. Ele reiterou que a proposta será enviada ainda este ano para o Congresso e que a discussão e eventual aprovação do texto ficarão para o ano que vem. "Vamos igualar a todos", afirmou Temer, se referindo à aposentadoria nos setores público e privado.
Ele também afirmou que haverá "regras fortíssimas de transição". De acordo com ele, a medida é para que as mudanças possam ser "absorvidas pela classe política e pelo povo".
Temer voltou a falar do déficit estimado pelo governo para a Previdência em 2016 e no ano que vem, de R$ 150 bilhões e R$ 180 bilhões, respectivamente. "Nenhum país aguenta isso", avaliou. Conforme o presidente, haverá muita discussão no Congresso sobre a matéria e que no final caberá ao Legislativo definir as novas regras para aposentadoria no Brasil.
Chapa Dilma/Temer
Temer disse ainda que nõ tem "nehuma preocuapção" com o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da ação que pde a cassação da chapa que o elegeu vice-presdente na chapa da então presidente Dilma Rousseff, afastada do cargo em definitivo no dia 31 de agosto.
Temer e Dilma são acusados de uso de caixa 2 para financiar a campanha eleitoral."Obdecerei à decisão do judiciário, mas tenho certeza que isso não acontecerà", afirmou, se referindo à impugnação da chapa, que em última instãncia terá um único efeito prático:afastá-lo do cargo.