Jornal Estado de Minas

Ex-governador do Rio Sérgio Cabral é preso pela PF


São Paulo - A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal, deflagrou nesta quinta-feira a Operação Calicute para investigar o desvio de recursos públicos federais em obras realizadas pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. O prejuízo estimado é superior a R$ 220 milhões.

O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) foi preso preventivamente. O peemedebista estava em sua casa, no Leblon, zona sul da capital, e foi levado pela PF sob gritos de "ladrão" de cidadãos. Cabral é suspeito de receber propina para a concessão de obras públicas. Ele foi foi preso preventivamente, ou seja, sem prazo para ser liberado. A mulher dele, a advogada Adriana de Lourdes Ancelmo foi levada coercitivamente para depor.

O casal foi preso em casa, no Leblon, Zona Sul do Rio. As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro.

São investigados os crimes de pertencimento à organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre outros. Também participam das diligências dezenove procuradores do Ministério Público Federal (MPF) e cinco auditores fiscais da Receita Federal.

Em nota, a PF informou que a apuração em curso identificou fortes indícios de cartelização de grandes obras executadas com recursos federais mediante o pagamento de propinas a agentes estatais, incluindo um ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, além de outros fatos.

Em delação premiada no início deste ano, dois ex-executivos da Andrade Gutierrez afirmaram ter pago propinas por obras para o governo de Cabral.


Operação

Duzentos e trinta policiais federais cumprem 38 mandados de busca e apreensão, 8 mandados de prisão preventiva, 2 mandados de prisões temporárias e 14 mandados de condução coercitiva expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, bem como 14 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão preventiva e 1 mandado de prisão temporária expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

São investigados os crimes de pertencimento à organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre outros. Também participam das diligências dezenove procuradores do MPF e cinco auditores fiscais da Receita.

A Operação Calicute é resultado de investigação em curso na força-tarefa da Operação Lava-Jato no Estado do Rio de Janeiro em atuação coordenada com a força-tarefa da Operação Lava-Jato no Paraná.

Com Agência Estado





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