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Ex-sócio de Marcos Valério vai para o regime semiabertoMarcos Valério diz a Moro que Lula, Dirceu e Carvalho foram 'chantageados'Condenados no mensalão, Marcos Valério e Delúbio vão depor como réus da Lava JatoMarcos Valério será interrogado em abril no processo do mensalão mineiroJuiz aponta farsa e nega transferência de Marcos ValérioMarcos Valério vai de penitenciária para local "favorável a convívio familiar"Há potencial de ressarcimento de mais de R$ 5,5 bi, diz presidente da PetrobrasForça tarefa da Lava-Jato anuncia devolução de R$ 204 milhões desviados da PetrobrasMarcos Valério e Delúbio Soares foram condenados no Mensalão. Apontado como operador do esquema de apoio ao governo Lula no Congresso, Valério foi condenado a 39 anos de prisão. Delúbio pegou seis anos e oito meses de prisão por corrupção ativa. Acuado ante a maior pena do Mensalão, Valério tenta fazer acordo de delação premiada.
As alegações finais são a parte derradeira do processo, em que o Ministério Público e a defesa apresentam suas argumentações e pedidos.
No caso do empréstimo do Banco Schahin, a Procuradoria entregou seus memoriais ao juiz Sérgio Moro em 9 de novembro. Os acusados agora entregarão as suas últimas alegações antes de Moro proclamar a sentença.
Além das condenações, a Procuradoria pede a fixação de valor mínimo de reparação dos danos no montante de R$ 6 milhões, "devidamente atualizado". Requer ainda que sejam "mantidos apreendidos os bens para o fim de futura reparação do dano fixado".
Os outros acusados pela Lava-Jato são os empresários Enivaldo Quadrado, Luiz Carlos Casante, Natalino Bertin e Oswaldo Rodrigues Vieira Filho, o jornalista Breno Altman, e o executivo Sandro Tordin, ligado ao banco Schahin.
Segundo a força-tarefa da Lava-Jato, José Carlos Bumlai - que já foi condenado pelo empréstimo dos R$ 12 milhões em outra ação penal - usou a conta bancária do Frigorífico Bertin no mútuo. Deste total, afirmam os investigadores, R$ 6 milhões foram repassados a Ronan Maria Pinto, que com o valor teria comprado o jornal Diário do Grande ABC.
"Ronan Maria Pinto foi o final beneficiário dos valores de origem criminosa", acusa a força-tarefa.
Em seu interrogatório, Marcos Valério afirmou que "durante o segundo semestre de 2004, em São Paulo, foi procurado por Silvio José Pereira, então secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, para efetuar o repasse de R$ 6 milhões em favor de Ronan Maria Pinto, um empresário do setor de ônibus, em decorrência de uma chantagem que este fazia a Luiz Inácio Lula da Silva, então presidente da República".
"Ao que se depreende, Marcos Valério, embora iniciando a prática do crime, desistiu de prosseguir em sua execução. Os fatos até então praticados, por sua vez, por si só, não caracterizam a prática de um crime. Deve, pois, ser absolvido", requer a força-tarefa..