Jornal Estado de Minas

'Fui agredido a pauladas, socos e chutes', diz deputado sobre confusão na Assembleia de MG


O deputado estadual Paulo Guedes (PT) se manifestou nesta quinta-feira no plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) sobre as agressões sofridas por ele após a sessão dessa quarta-feira. O parlamentar repudiou o ato e a “a forma violenta” como foi tratado pelos manifestantes.

“Muitos começaram a me agredir verbalmente e depois fisicamente. Fui agredido a pauladas, chutes e socos. Quero agradecer a força da Polícia Legislativa da Casa e da Polícia Militar que se encontravam presentes e evitaram que algo mais grave tivesse ocorrido”, afirmou Guedes.

Logo após a sessão de ontem, cerca de 150 integrantes da segurança pública que faziam ato contra o governador Fernando Pimentel (PT) queimaram caixões e fecharam o trânsito na Rua Rodrigues Caldas, no Bairro Santo Agostinho, contra o parcelamento dos salários do funcionalismo que vem ocorrendo desde março.

Em defesa do colega de partido, o deputado Rogério Correia disse que as agressões a Guedes são “ataque a democracia” e afirmou que a bancada do partido tomara atitudes. “Nós vamos acionar a Comissão de Direitos Humanos para que ela investigue quem foram os responsáveis pelas agressões”, anunciou.


Em nota, o PT também repudiou as agressões contra Paulo Guedes e acusou, sem citar nomes, deputados da oposição de comandar a ação. “Além de repudiar atos bárbaros de intolerância promovidos por fascistas e golpistas como esse, o PT manifesta irrestrita solidariedade ao deputado Paulo Guedes e exige das autoridades policiais a imediata apuração das agressões, com a punição dos responsáveis”, afirma o texto assinado pela executiva estadual da legenda.

Vídeo mostra que os ânimos estavam bastante exaltados do lado de fora da Assembleia na tarde de ontem:



Sessão tensa

Ainda durante a sessão dessa quarta-feira, bastante tensa devido a leitura do relatório da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) Assembleia sobre a autorização ao processo judicial contra o governador Fernando Pimentel (PT), pedido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o clima entre os próprios parlamentares foi de troca de acusações.

Os deputados João Leite (PSDB) e Sargento Rodrigues (PDT) ironizaram Fernando Pimentel segurando pés de alface. A hortaliça, segundo delação de Marcelo Odebrecht nas investigações no âmbito da Operação Acrônimo, era usada para identificar o governador. A operação apura possíveis irregularidades durante a gestão do petista no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e nas contas de campanha para o governo de Minas

O texto - aprovado na CCJ -, de autoria do deputado Rogério Correia (PT) foi aprovado na última sexta-feira e nega a autorização para investigar o governador. .