A crise nas prefeituras do país é bastante sentida em Minas Gerais. De acordo com a Associação Mineira de Municípios, cerca de 70% das administrações municipais enfrentam dificuldades para pagar o 13.º salário dos funcionários neste ano. O problema para a maioria é a queda na receita e o aumento das despesas.
Leia Mais
CMN: teto de gastos prejudicará repasses para políticas sociais das prefeiturasPezão admite não ter como pagar 13º salário no Rio de JaneiroGoverno de Minas mantém parcelamento de salário de servidores Maioria das prefeituras de Minas consegue pagar o 13ºGoverno de Minas anuncia pagamento de metade do 13º salário para o dia 22É o caso de Lavras (MG), no sul do Estado, onde os servidores deverão receber apenas parte do benefício em 2016. A previsão é de que 30% do 13.º salário sejam depositados nas contas dos funcionários somente no ano que vem.
A cidade é apenas um exemplo do que ocorre também em outros municípios, alguns até com maior gravidade. "Muito servidor vai virar o ano tendo recebido apenas uma parte do benefício ou talvez até nada", diz Antônio Andrada (PSB), prefeito de Barbacena (MG) e presidente da Associação Mineira de Municípios, que responde por 853 prefeituras.
Andrada declarou que tem município dividindo o 13º em duas ou três vezes, ou até mesmo dizendo que não terá como efetuar o pagamento. "Muitos já estão até com o salário normal atrasado, então pagar o benefício é outro desafio", afirmou.
Andrada alega que a culpa não é dos prefeitos. "Eles não gastaram a mais, o problema é que a receita foi caindo e as perdas se acumulando", justifica.
Para piorar, o prefeito de Barbacena alega não existir uma fórmula para resolver o problema. "Não temos orientação a dar aos prefeitos, até porque seria preciso cortes duros para enfrentar esta crise e isso afetaria serviços essenciais, como saúde e educação." As informações são do jornal O Estado de S.