A decisão do juiz Marcelo da Costa Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que determinou a prisão preventiva do ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), cita um pagamento de R$ 2 milhões em favor do Diretório Nacional do PMDB, pela construtora Andrade Gutierrez.
Em outra citação ao partido, é dito que, em e-mails, Carlos Miranda (operador das propinas) "orienta como a responsável pela entrega do dinheiro (Tânia Fontenelle, colaboradora) deveria depositar o valor da propina para o Diretório Nacional do PMDB".
"A relação de proximidade, quase intimidade diante dos relatos e evidências trazidas aos autos, entre os investigados Carlos Miranda e Sérgio Cabral, talvez explique sua relevância na apontada Organização Criminosa. Com efeito, além do fato de ter sido casado com uma prima de Sérgio Cabral (Maria Angélica dos Santos Miranda), Carlos Miranda foi sócio do próprio Sergio Cabral na empresa SCF Comunicações e Participações Ltda", disse. A reportagem não obteve retorno da defesa de Cabral.