Um dia após pedir demissão do Ministério da Cultura e denunciar o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) por pressionar o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para que autorizasse a construção de um edifício com altura acima do permitido em Salvador, o diplomata Marcelo Calero afirmou neste sábado (19), durante evento no Rio de Janeiro, que não deseja a ninguém “estar diante de uma pressão política, claramente um caso de corrupção” como ele afirma ter estado.
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Geddel admite tratar questão pessoal com Calero, mas nega pressãoPrédio em que Geddel tem apartamento tem imóveis a partir de R$ 2,5 milhõesComissão de ética discutirá caso Geddel na segunda-feira de manhãCalero deve se reapresentar ao Ministério das Relações ExterioresPGR analisa abrir inquérito para investigar ministro Geddel Vieira LimaPF envia ao Supremo depoimento de Calero sobre episódio GeddelAutores de impeachment querem punição para Geddel Vieira LimaComissão de Ética decide hoje se abre processo contra Geddel Vieira LimaCríticas ao ministro Geddel Vieira Lima acontecem até na base aliada do Planalto"Uma situação como essa, de um ministro ligar para outro ministro pedindo interferência em um órgão público para que uma decisão fosse tomada em seu benefício, não é normal e não pode ser vista assim. Não é normal", afirmou.
O diplomata, que vai voltar ao cargo no Itamaraty, afirmou não ter gravado as conversar com Geddel, mas não está preocupado em ter sua versão contestada pelo ex-colega. "Não tenho nada a temer. Não tenho rabo preso, não sou metido em maracutaia, sou um cidadão de classe média, servidor público, diplomata de carreira, assalariado, não tenho nada a esconder. Nunca agi errado, nunca roubei. Sou um cidadão normal", afirmou..