A Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), que terá nova diretoria empossada no próximo mês, está convocando todas as entidades da magistratura e do Ministério Público para um trabalho conjunto de valorização e manutenção das conquistas da categoria, hoje ameaçada por projetos em tramitação na Câmara dos Deputados, como o fim do teto constitucional para os salários e ainda a possibilidade de juízes e promotores serem punidos com crime de responsabilidade.
O desembargador Nelson Missias, eleito para formar a nova diretoria da associação, disse ontem que existe uma proposital tentativa de desmoralizado do Poder Judiciário e a prioridade da chapa vencedora é manter as conquistas da categoria. “O Poder Judiciário é o guardião do direito, aquele que iguala o fraco ao forte. A magistratura não tem que pagar pelas mazelas da República”, disse. Missias foi eleito vice-presidente na chapa AMB Forte, independente e representativa, que tem na presidência o juiz de São Paulo Jayme de Oliveira.
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Associação de Magistrados sugere que Renan deixe presidência do SenadoJuízes repudiam Pimentel por 'justiceiros travestidos de magistrados'Pimentel defende estado democrático e critica 'justiceiros travestidos de magistrados'Magistrados brasileiros impediram crise social mais profunda, diz LewandowskiRenan aciona STF para definir limites de ação dos magistrados e devolução de gramposIMPORTÂNCIA A posse da nova diretoria para o triênio 2017-2019 será no dia 15 e, de acordo com o presidente eleito, Jayme de Oliveira, entre suas prioridades está “o reposicionamento do papel e da importância política da maior associação de magistrados das Américas, por meio da democratização interna e resgate de sua missão”. De acordo com Nelson Missias, a diretoria vai fortalecer sua atuação política junto ao Congresso Nacional em defesa do Judiciário. “Ao lado de outras entidades da magistratura e Ministério Público vamos dialogar com o Congresso e demonstrar a importância do Judiciário e MP para a sociedade.
Missias explica que as prerrogativas conquistadas pela magistratura são importantes para manutenção dos pilares que garantem a defesa do cidadão: independência, vitaliciedade e imovibilidade do cargo, além da irredutibilidade dos vencimentos.