Brasília, 21 - O ex-governador do Rio Grande do Sul e presidente do Instituto Reformar, Germano Rigotto, defendeu que a reforma da Previdência só seja enviada ao Congresso Nacional após o fim da votação da PEC dos gastos públicos, em tramitação no Senado.
"A PEC dos gastos está bem encaminhada, deverá ser concluída a votação até o início de dezembro", ressaltou, durante sua fala no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão.
Rigotto também defendeu que o governo Michel Temer encaminhe uma proposta de mudança profunda no sistema tributário nacional.
Outro conselheiro, Antônio Neto, presidente da Centrais dos Sindicatos Brasileiros, defendeu que a reforma tributária e outras questões como a dívida pública e um novo pacto federativo sejam discutidas antes das reformas tributária e trabalhista. "A discussão açodada da reforma da Previdência é muito preocupante. Temos que discuti-la com tranquilidade", afirmou.
Homens e mulheres
A advogada Maria Berenice Dias defendeu durante o Conselhão a manutenção da diferença de idade de aposentadoria para mulheres e homens na proposta de reforma da Previdência que o governo vai enviar ao Congresso Nacional. "É necessário que se mantenha a diferença da idade. É preciso esse olhar diferenciado", afirmou.