Brasília, 23 - Já dura 2 horas a sessão da comissão especial da Câmara que analisa o novo parecer das medidas de combate à corrupção. Até o momento, apenas nove dos mais de 30 inscritos para discursar falaram na reunião.
A sessão foi marcada para começar às 9 horas, mas só às 9h40 houve quórum suficiente para abrir a sessão. O objetivo é esgotar a fase de debates e votar o parecer do relator Onyx Lorenzoni (DEM-RS) ainda nesta quarta-feira, 23. O presidente do colegiado, deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA), acredita que a votação seja concluída por volta das 16 horas.
Em seus discursos, deputados fazem elogios, críticas e sugerem alterações no parecer modificado na terça. O deputado Fernando Francischini (SD-PR) elogiou a retirada do texto do crime de responsabilidade para magistrados e membros do Ministério Público, alegando que tratar do tema agora é inapropriado e seria visto como um "recado errado" às autoridades que participam das investigações da Operação Lava Jato.
Para o deputado, a inclusão do tema nas medidas seria interpretado como "freio" aos investigadores. "Temos de ter muito cuidado", afirmou.
Na terça, membros do Ministério Público Federal, entre eles o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, acompanharam os trabalhos da comissão. Nesta quarta, nenhum dos procuradores compareceu ainda à sessão. Só o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, circulou no período manhã na comissão.