As obras da Cidade Administrativa – sede do governo mineiro inaugurado pelo governo Aécio Neves em março de 2010 – se tornaram motivo de ataques, nesta quarta-feira, entre o governador Fernando Pimentel (PT) e a direção do PSDB mineiro.
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Ministro do STJ suspende processo contra Pimentel por 10 diasTCE aprova a prestação de contas de Pimentel de 2015Governo de Minas fecha 2016 com déficit de R$ 4,1 bilhões Líder do governo acusa Andrade de tramar para derrubar Pimentel Supremo julga hoje processo contra Fernando Pimentel“Nós sucedemos governos preocupados com grandes obras mas benefícios reduzidos”, afirmou Pimentel, apontando como exemplo os R$ 2 bilhões gastos com a construção da Cidade Administrativa. Ele se disse “constrangido” com o gasto realizado pelo governo tucano, que teria trazido um benefício “duvidoso”.
“Se tivesse consultado a população, teriam priorizado outro tipo de obra”, disse, completando que boa parte dos servidores não gostam de trabalhar no local em razão da distância. A Cidade Administrativa fica no bairro Serra Verde, região Norte da capital.
Outro exemplo citado por Pimentel foi a construção de um Centro de Convenções em São João Del Rey, na região Central de Minas, ao custo de R$ 400 milhões. “É um centro que certamente não vai ter utilidade, dificilmente vai atrair eventos”, criticou.
Em nota, o deputado federal e presidente do PSDB estadual, Domingos Sávio, afirmou que as declarações de Pimentel são “uma agressão à inteligência dos mineiros”. Para ele, demonstram o “desespero” de um “governador sitiado” diante do risco de responder a um processo penal no Superior Tribunal de Justiça (STJ) em razão das investigações da Operação Acrônimo.
Ainda de acordo com Domingos Sávio, nas gestões de Aécio Neves e Antônio Anastasia – 2003 a 2014 – foram realizadas ações e obras essenciais para oe stado, como a pavimentação de 5 mil quilômetros de estradas pelo programa ProAcesso e a viabilização de sinal de telefonia celular em 100% dos municípios.
Sobre a Cidade Administrativa, disse que o complexo levou a uma economia média anual de R$ 111 milhões aos cofres públicos. E que São João Del Rei é um dos principais centros turísticos de Minas. .