A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que seja aberto inquérito contra o ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) e estuda incluir o presidente Michel Temer (PMDB) e o ministro Eliseu Padilha (PMDB) no pedido.
Os três foram citados pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero por terem feito pressão para a liberação da construção de um empreendimento imobiliário.
No caso de Geddel, responsável por comandar a Secretaria de Governo e um dos principais articuladores políticos do governo Temer, os investigadores já avaliam haver indícios suficientes para um inquérito. A investigação permitirá a quebra de sigilos do ministro em busca de detalhes sobre sua atuação.
Em depoimento à Polícia Federal (PF), Calero afirmou que Geddel o pressionou a rever uma decisão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Iphan, que impede a construção de um empreendimento imobiliário onde o ministro adquiriu um apartamento, em Salvador.
O ex-ministro da Cultura afirmou que Temer também o pressionou e disse que o impasse estava criando problemas para seu gabinete. Por meio de nota, o presidente da República admitiu que discutiu o tema do Iphan em reunião com Calero, mas alega que “buscou arbitrar conflitos entre ministros”.
A PGR não tem prazo para dar seu parecer ao Supremo, que será então analisado pelo ministro responsável, cujo nome ainda não está definido.