São Paulo, 26/11/2016 - Questionado sobre a possibilidade de o atual contexto de crise política criar espaço propício para uma sucessão presidencial ainda em 2017, o filósofo Roberto Romano acredita que sim. O campo está armado, mas não se pode ignorar a capacidade de negociação e de estratégica de políticos, diz.
Segundo ele, o presidente Michel Temer deve concluir o seu mandato em 2018, mas não sem um custo político, econômico e social. Eu acho que é possível que ele chegue até 2018, mas não sei quais operações de engenharia política serão necessárias. Em que condições estará a economia brasileira, a democracia brasileira, com um prolongamento artificial?
Espertalhão
Contra o peemedebista, diz o professor da Unicamp, pesa o fato de ele não ser uma liderança política. Acho que o Temer, por exemplo, não é um grande político. Ele não é o espertalhão da política, não tem esse sentido de liderança e ele nunca foi uma no PMDB.
Para Romano, o episódio da demissão do ex-ministro Geddel Vieira Lima mostra que o presidente não sabe dominar o tempo. Isso é a essência da lição de Nicolau Maquiavel (filósofo). O político que não controla o tempo, não controla os outros. (Alexandra Martins) As informações são do jornal
O Estado de S.