O presidente Michel Temer (PMDB) convocou coletiva neste domingo, em Brasília, para tratar da tramitação do pacote anticorrupção no Congresso. Participaram o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Ambos fizeram coro em afirmar que o crime de caixa 2, tema de polêmicas e manobras de bastidores nos últimos dias, não será anistiado.
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Temer, Renan e Maia falarão contra anistia a caixa 2Contra caixa 2, grupos já ensaiam 'Fora, Temer'Renan afirma que Senado não votará anistia a caixa 2 de campanha eleitoralDeputados querem limite para investigação de políticosTemer promete barrar caixa 2O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou a Casa não tem a intenção de livrar os acusados. “Nossa intenção nunca foi anistiar crimes”, disse. Ele afirmou que outros crimes acabaram sendo anistiados dentro do projeto de repatriação.
Já o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) disse que a reunião é para ajustar institucionalmente a tramitação. Ele fez coro com Temer e Maia. “Essa matéria não deve tramitar. Há outras prioridades para o Brasil”, afirmou. Renan disse que as matérias econômicas que vão tomar à frente das discussões para garantir a recuperação da economia do país.
Voz das ruas
Ainda durante sua fala, Temer fez uma espécie de “vacina” contra manifestações programadas contra ele para o próximo fim de semana. Segundo ele, a tramitação do projeto com as 10 medidas anticorrupção, propostas pelo Ministério Público, “atende a voz das ruas” e que protestos são naturais da democracia.
Ele relembrou os protestos ocorridos em 2013, ainda durante o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), quando milhões foram às ruas contra a corrupção, para dizer que manifestações serão permitidas, mas depredações ferem a legalidade. “A Constituição garante o direito de (manifestação) rua, mas não há passagem que não garante a depredação”. .