O ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, disse ao programa Fantástico, da TV Globo, que gravou "apenas uma única conversa protocolar" entre ele e o presidente Michel Temer, em relação ao caso que envolve o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima.
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Quem trata com Calero agora é meu advogado, diz GeddelPSDB condena gravação feita por Calero de conversa com TemerPara Moraes, denúncia de Calero contra Temer não configura irregularidadeCalero: 'Não podemos mais tolerar a esculhambação que é a política do nosso país'Ministro da Justiça não comenta sobre Calero ser orientado por 'amigos da PF' a gravar TemerA conversa, afirmou Calero, foi gravada durante uma chamada telefônica, na qual ele teria apresentado seu pedido de demissão. O ex-ministro disse que ele e o presidente tiveram três conversas sobre o embargo à obra do empreendimento La Vue, em Salvador - empreendimento em construção no qual Geddel é dono de um apartamento.
"Na primeira ocasião, me senti respaldado. (...) O curioso é que na segunda vez, um dia depois, o presidente me determina que criasse uma manobra, um artifício - uma chicana, como se diz no termo jurídico - para encaminhar o caso", disse o ex-ministro da Cultura. "Me choca que interesses particulares se possam prevalecer dentro do governo", afirmou.
Temer teria citado uma certa "estranheza" sobre a decisão do Instituto do Patromônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), relatou Calero.
Sobre gravações envolvendo Geddel e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, Marcelo Calero disse que "não podia confirmar se houve gravações". .