A oposição na Câmara e no Senado se reuniu nesta terça-feira, 29, com juristas e entidades da sociedade civil para anunciar que vai protocolar na próxima terça-feira, 6, o segundo pedido de impeachment do presidente Michel Temer. Em reunião mais cedo, o grupo chegou à conclusão de que o presidente cometeu crime de responsabilidade no episódio envolvendo os ex-ministros Geddel Vieira Lima (Governo) e Marcelo Calero.
Além de deputados e senadores, participaram da reunião os juristas Marcello Lavenère, Eugênio Aragão, Carlos Moura e Marcelo Neves, assim como representantes da CUT, MST, CTB, UNE, Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT e Associação Nacional de Pós-Graduação. As entidades se comprometeram em assumir a assinatura do pedido de abertura de processo de impeachment contra Temer ao lados dos juristas. Os partidos políticos e os parlamentares da oposição darão apoio à tramitação do pedido de impeachment.
Ontem, o PSOL protocolou o primeiro pedido. "O PSOL teve o direito de fazê-lo, mas nós entendemos que dá mais robustez e sustentação político e social se a sociedade civil trouxer o pedido de impeachment", explicou a líder da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ).
Os oposicionistas entendem que Temer cometeu crime de concussão e improbidade administrativa ao intervir na questão do prédio em construção na capital baiana onde Geddel comprou um apartamento.