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Câmara conclui votação do pacote anticorrupção com mudanças no texto princiapalCâmara colocou o País em marcha a ré no combate à corrupção, diz JanotCai manobra no Senado para aprovar com urgência pacote anticorrupçãoMagistrados fazem protesto hoje contra crime de abuso de autoridadeJuízes protestam em frente ao STF contra mudanças no pacote anticorrupção"A Câmara dos Deputados aprovou o projeto na quarta-feira, enquanto o País estava de luto pela perda da equipe de futebol Chapecoense em um acidente aéreo. A lei proposta permitiria que os promotores e juízes fossem processados por supostos abusos de poder contra réus em seus casos", diz o jornal.
O periódico traz a fala do procurador Carlos dos Santos Lima, membro da força-tarefa da Lava Jato, de que se o projeto foi sancionado e não houver proteção aos promotores em relação àqueles que estão sendo acusados, haverá demissão coletiva.
O FT informa que o projeto foi visto por analistas como uma tentativa dos congressistas de se protegerem da investigação na Petrobras, na qual dezenas de políticos são acusados de conspirar com funcionários da empresa e contratados para se enriquecerem e também destinar dinheiro a seus partidos com o pagamento de subornos e propinas.
"Depois de quase dois anos e meio de investigações, Brasília está se preparando para o que se espera que seja um enorme acordo de pacto entre promotores e ex-funcionários de uma das maiores empreiteiras da Petrobras, a Odebrecht."
A publicação lembra que os promotores ainda negociam um acordo de delação com executivos da Odebrecht, que deve envolver "um grande número de políticos" que receberam financiamento secreto da empresa. O Financial Times explica também que, numa nova tentativa de acelerar a aprovação da legislação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), quis dar urgência ao caso na Casa ontem, mas foi derrotado.
O periódico detalha que o projeto de lei foi baseado em uma petição dos promotores assinada por 2 milhões de pessoas e que sugeriu 10 iniciativas para ajudar a reprimir a corrupção no Brasil. A questão é que os parlamentares negaram alguns itens e inseriram outros seus, inclusive o de que os promotores e juízes devam ser julgados se eles avaliassem ter havido abuso de poder. O FT cita as reações negativas ao que foi feito no Congresso, como a do procurador-geral da República, Rodrigo Janot..