A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votou nesta quinta-feira a favor do acolhimento da denúncia por peculato contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Além do relator, ministro Edson Fachin, cinco ministros tiveram esse entendimento: Teori Zavaski, Rosa Weber, Marco Aurélio Mello, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso. Houve três votos pelo acolhimento da denúncia de falsidade ideológica e uso de documento público (Barroso, Rosa Weber e Marco Aurélio). Outros três magistrados votaram pela rejeição total da denúncia – Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes.
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Gilmar critica denúncia apresentada contra Renan pela PGRRenan diz que votação do projeto sobre abuso de autoridade está mantidaAdvogado de Renan diz que a denúncia é ineptaFachin vota a favor do recebimento de denúncia contra Renan"Concluo dizendo: voto por receber a denúncia pelo crime de peculato, artigo 312 do Código Penal. Voto por declarar extinta a punibilidade pela incidência da prescrição em relação aos crimes de falsidade ideológica e uso das notas fiscais de produtor, recibos de compra e venda de gado, declaração de Imposto de Renda de pessoa física. E voto por rejeitar a denúncia quanto aos crimes de falsidade ideológica e uso das guias de trânsito animal e das declarações de vacinação contra febre aftosa", concluiu o ministro, após a leitura de um voto que durou cerca de 40 minutos.
No caso, que tramita desde 2007, o peemedebista é acusado de receber propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira.
Na época, o peemedebista renunciou à presidência do Senado em uma manobra para não perder o mandato. O presidente do Senado também é acusado de usar a verba indenizatória - uma espécie de ajuda de custo que os parlamentares recebem mensalmente - para desviar recursos públicos.
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