O governo federal deveria ser mais ativo na questão federativa em meio à crise fiscal dos Estados, afirmou nesta sexta-feira, 2, o economista José Roberto Afonso, especialista em finanças públicas e pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Do contrário, a crise pode caminhar para problemas na prestação de serviços públicos e exigir intervenção federal.
Como exemplo da dificuldade que os Estados enfrentam, Afonso citou dados das contas públicas do Rio. O governo fluminense projeta rombo de R$ 17,5 bilhões nas contas deste ano. Os salários de outubro dos servidores públicos ainda não foram pagos integralmente e o Estado já disse que não sabe como pagar o 13º salário, ameaçando a prestação de serviços públicos.