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Estado de Minas

Em acordo de Leniência, Andrade Gutierrez admite existência de cartel em obras da Copa

As informações foram divulgadas na tarde desta segunda-feira pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)


postado em 05/12/2016 17:50 / atualizado em 06/12/2016 13:03

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou na tarde desta segunda-feira que investiga a existência de cartel para realização das obras da Copa de 2014. A Superintendência-Geral do Cade disse que a construtura Andrade Gutierrez admitiu ter participado de conluio para realização dos trabalhos de construção civil.

Segundo o Cade, as informações são fruto de acordo de leniência – a delação premiada das empresas -, assinada em outubro passado em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF). O acordo é o sétimo do Cade no âmbito da Operação Lava-Jato e o terceiro com a Andrade Gutierrez.

“Até o momento, há indícios de que, pelo menos, cinco certames relacionados a obras de estádios da Copa do Mundo foram objeto do cartel, entre eles a Arena Pernambuco, em Recife/PE, e o Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro”, informou Cade. O conselho informa ainda que outros dois estádios foram apontados como alvo da ação, mas estão mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações.

O Mineirão, em Belo Horizonte, também foi cotado para estar entre os empreendimentos que seriam alvo de cartel, mas a modalidade de Parceria Publico Privada (PPP) desencorajou as construtoras.

Segundo o MPF, as empresas inicialmente apontadas como participantes da suposta conduta anticompetitiva são Andrade Gutierrez Engenharia S/A, Carioca Christiani Nielsen Engenharia S/A, Construções e Comércio Camargo Corrêa S/A, Construtora OAS S/A, Construtora Queiroz Galvão S/A, Odebrecht Investimentos em Infraestrutura Ltda., além de, pelo menos, 25 funcionários e ex-funcionários dessas empresas.

Em nota, a Andrade Gutierrez afirmou que a participação no acordo de leniência está de acordo com sua postura de ajudar nas investigações e que pretende “fazer auditorias internas no intuito de esclarecer fatos do passado”.

Já a Odebrecht esclareceu que não se manifesta sobre processos negociados com a Justiça, mas reforça “compromisso com atuação ética, íntegra e transparente”.

A Carioca Christiani Nielsen Engenharia, a OAS e a Camargo Corrêa informaram que não se manifestarão sobre o assunto. E a  Queiroz Galvão também informou, por meio de nota, que "não comenta investigações em andamento".


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