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Estado de Minas

Polícia Civil cumpre mandados na casa do presidente da Câmara de BH

De acordo com nota do Ministério Público de Minas Gerais, divulgada na manhã desta terça-feira, as investigações começaram em março de 2016 e o vereador Wellington Magalhães é suspeito de fraudar licitações para desvio de dinheiro público


postado em 06/12/2016 08:50 / atualizado em 06/12/2016 10:11

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), através da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, com o apoio da Polícia Civil de Minas Gerais e do Ministério Público de Contas Estadual, realizou nesta terça-feira uma operação para cumprimento de mandados na casa do presidente da Câmara de BH, Wellington Maglhães (PTN), e também na sede do Legislativo da capital.

A operação batizada de "Santo de Casa" foi deflagrada para investigar crimes contra a administração pública, dentre os quais fraude em licitações públicas, corrupção passiva e ativa, desvio de dinheiro público e lavagem de dinheiro, que envolveria contratações irregulares de serviços de publicidade pela Câmara Municipal de Belo Horizonte. A assessoria do vereador ainda não se pronunciou sobre a operação.


De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais, as investigações começaram  em abril de 2016, a partir de representação noticiando que o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte estaria fraudando licitações públicas para desviar recursos públicos e adquirir bens móveis e imóveis em nome próprio e de laranjas em valores incompatíveis com sua renda oficialmente declarada. Conforme apurado, as fraudes envolvendo a contratação de serviços de publicidade acarretaram um aumento de mais de 100% das despesas da Câmara somente no exercício de 2015.

O presidente da Câmara ainda é suspeito de lavar o dinheiro recebido de propina por meio de contratos fictícios com empresas de sua confiança. As investigações, de acordo com o MP, revelam a existência de indícios de que o patrimônio do vereador, desde que assumiu a presidência da Câmara, tenha crescido desproporcionalmente em relação à sua única fonte de renda oficialmente declarada perante a Receita Federal e Justiça Eleitoral.

Segundo nota publicada pelo Ministério Público de Minas Gerais, o vereador teria adquirido veículos de luxo, uma mansão em um imóvel de 1.700 m2 na orla da Lagoa da Pampulha, além de um imóvel no Condomínio Aldeias do Lago, em Esmeraldas, Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Para a operação, que contou também com a participação da Polícia Militar, Receita Estadual e Auditores Fiscais da Prefeitura de Belo Horizonte, foram expedidos sete mandados de condução coercitiva, dentre eles, a condução do presidente da Câmara de Vereadores, Wellington Magalhães, e de proprietários das empresas contratadas, bem como mandados de busca e apreensão em imóveis, nas empresas investigadas e, inclusive, na sede da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

A Justiça Estadual determinou, ainda, a suspensão do cargo eletivo do vereador por 60 dias, que deverá ser estendida caso assuma o novo mandato parlamentar.

Outro lado


A  assessoria  do presidente da Câmara de BH, vereador Wellington Magalhães, ainda não se pronunciou sobre o assunto.


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