O presidente do Senado, Renan Caheiros (PMDB-AL) afirmou que afastá-lo do comando da Casa por meio de decisão monocrática fere o princípio da separação entre os poderes. E mais: segundo ele, isso põe em risco o equilíbrio entre os poderes. “A democracia no Brasil não merece este fim”, afirmou.
Na tarde desta terça-feira, a Mesa diretora do Senado decidiu que não vai acatar a decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, tomada ontem, que determina o afastamento de Renan da presidência da Casa.
O afastamento de Calheiros ocorreu após pedido do Rede Sustentabilidade. O partido argumenta que ao se tornar réu a presença de Calheiros fica prejudica para comandar o Congresso. "Com o recebimento da denúncia [contra Renan], passou a existir impedimento incontornável para a permanência do referido senador na Presidência do Senado Federal, de acordo com a orientação já externada pela maioria dos ministros do STF", sustenta o partido.
Desde o inicio da manhã um oficial de Justiça tenta entregar a Renan Calheiros a ordem judicial de seu afastamento.
No mês passado, a Corte começou julgar a ação na qual a Rede pede que o Supremo declare que réus não podem fazer parte da linha sucessória da Presidência da República. Ele é acusado por peculato. A denúncia é que empreiteiras teriam pago pensão da filha dele, além do peemedebista ter apresentado ganhos incompatíveis com a renda dele.