(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Descumprir ordem judicial é crime ou golpe de Estado, diz ministro do STF

O comentário do ministro Luis Roberto Barroso diz respeito à decisão do Senado de esperar decisão da Corte do STF para cumprir decisão do ministro Marco Aurélio de Mello de pedir o afastamento do cargo do presidente do Senado, senador Renan Calheiros


postado em 07/12/2016 11:33 / atualizado em 07/12/2016 11:41

Ministro Luís Roberto Barroso criticou decisão do Senado de não acatar medida cautelar pedindo o afastamento do senador Renan Calheiros do cargo de presidente do Senado(foto: Fellipe Sampaio/STF/SCO )
Ministro Luís Roberto Barroso criticou decisão do Senado de não acatar medida cautelar pedindo o afastamento do senador Renan Calheiros do cargo de presidente do Senado (foto: Fellipe Sampaio/STF/SCO )

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta quarta-feira que “deixar de cumprir uma decisão judicial é crime de desobediência ou golpe de Estado”.

O comentário foi feito em referência ao posicionamento da Mesa Diretora do Senado, que nessa terça-feira (6) decidiu aguardar a decisão do plenário do STF antes de cumprir uma medida cautelar expedida na segunda-feira (5) pelo ministro Marco Aurélio Mello, na qual afastou, com efeito imediato, o senador Renan Calheiros da presidência do Congresso Nacional.

Nessa terça-feira (6), após esperar por horas no Senado, um oficial de justiça deixou o Congresso sem que Renan assinasse a notificação que o informava da decisão de Marco Aurélio.

O ministro acabou por liberar a medida cautelar para ser apreciada também por seus pares. O plenário do STF julga na tarde desta quarta-feira (7) se referenda ou revoga a liminar que afastou Renan da presidência do Senado. Barroso não participa da sessão, por ter sido declarado impedido no processo.

Voto pode ser modificado


Internamente, a expectativa é que ao menos um ministro do STF modifique voto proferido anteriormente na ação que resultou no afastamento de Renan, de modo que o senador possa permanecer na presidência do Senado e fique impedido somente de assumir a presidência da República em caso de ausência de Michel Temer.

Na ação original, o partido Rede Sustentabilidade pede ao STF que declare réus – pessoas que respondem a ação penal – como impedidos de ocupar cargos na linha de sucessão presidencial (presidente do Senado, presidente da Câmara e presidente do STF).

O julgamento definitivo sobre o assunto ficou interrompido por um pedido de vista feito pelo ministro Dias Toffoli, com 6 votos a favor do impedimento e nenhum contra.

Na semana passada, Renan Calheiros se tornou réu no STF pelo crime de peculato, razão pela qual a Rede pediu seu afastamento por medida cautelar, no que foi atendido por Marco Aurélio.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)