O procurador-geral da Republica, Rodrigo Janot, usou palavras duras para comentar a atitude da Mesa do Senado de não acatar a liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou o afastamento do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da Presidência da Casa.
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Onyx faz queixa-crime no Supremo contra RenanSTF julga hoje afastamento em definitivo de Renan da Presidência do SenadoRenan comanda primeira sessão plenária do Senado após ser mantido na presidênciaDecisão do STF de manter Renan é vista como vitória pelo PlanaltoSTF mantém Renan na Presidência do Senado por 6x3Janot ainda destacou que a função ocupada por Renan é “nobre” é não pode ser preenchida por pessoas com problemas judiciais. “A atividade pública é muito nobre e deve ser preservada de pessoas envolvidas em atos ilícitos ainda mais quando já é réu em processo penal no STF", disparou.
O procurador ainda atacou o fato de Renan ser réu em ações na Justiça. Ele considerou que isso por si só já deslegitima o atual presidente da Casa para estar a frente dos trabalhos do Senado. E mais: esse não é um exemplo saudável a ser dado a nação e adaptou ditado popular. “O que hoje exige a República, é que pau que dá em Chico, tem que dar em Francisco”.
Rodrigo Janot, afastou a hipótese de crise entre as instituições. “O que está ocorrendo é que as instituições estão trabalhando. Cada um dentro de suas atribuições e isso não causa atrito institucional”, afirmou.
Janot abriu seu posicionamento tratando do assunto em resposta ao advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, que afirmou que a liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), causava “atrito institucional”. Cascais disse que “jamais o Senado teve a intenção, por parte da mesa e por seu presidente, Senador Renan Calheiros, de desafiar essa corte”. E emendou dizendo que há muito respeito da Casa com todos os juízes.
O Supremo Tribunal Federal (STF) analisa de forma definitivamente a liminar concedida pelo ministro Marco Aurélio, que afastou do cargo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Renan Calheiros não chegou a ser notificado sobre a decisão de Marco Aurélio. Na noite de segunda-feira (5), após a decisão, um oficial de Justiça foi até a residência oficial do Senado, mas não cumpriu o mandado de intimação porque não foi recebido pelo senador. Ontem (6), Renan se recusou a recebê-lo novamente, no Senado. A Ação foi protocolada pelo Rede Sustentabilidade. .